Fãs declaram amor a uma das mais icônicas cidades da Amazônia

Símbolo cultural do Amazonas, Parintins completa 168 anos de existência apresentando ao mundo a surpreendente criatividade artística de seu povo (Reprodução/Yuri Pinheiro)

Mencius Melo – Da Revista Cenarium

MANAUS – Terra de Garantido e Caprichoso, do tacacá aromatizado com cebolinha, do sambista Chico da Silva, dos sucessos ‘Vermelho’ e ‘Tic Tic Tá’, Parintins (distante 369 quilomentros de Manaus) faz aniversário. Apesar de órfã em 2020 do mágico festival folclórico, a terra de ‘Dona Ciloca’ não se curva e comemora 168 anos.

A REVISTA CENARIUM entrevistou pessoas que não nasceram em Parintins, mas são apaixonadas pela ilha. Gente que foi à ‘terra dos tupinambaranas’, um dos nomes por qual também é conhecida, e não conseguiu resistir aos encantos da ‘pequena grande cidade’ que traduz muito da alma do povo amazonense.  

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Juliana Delmiro e o esposo Pedro Luís, em frente à catedral de Parintins (Reprodução/Arquivo Pessoal)

Juliana Delmiro, manauara de berço, foi a primeira vez a Parintins no 2005. Fui para assistir ao festival e me apaixonei. Ela traduz a paixão. “Assim descrevo Parintins: de paixão e devoção. De cantos e encantos. Do dois pra lá dois pra cá. Do meu amado Garantido. Parabéns, minha ilha amada. Até breve”, dedicou.

Samba e boi-bumbá

Outro que também declara amor a Parintins é o carioca Ivo Meirelles. O sambista é compositor do Garantido e chegou à ilha nos anos 2000. “Descobri a ilha e seus encantos, exatamente no ano de 2004. Portanto, estou há 16 anos encantado, e pelas minhas contas, preciso tirar um atraso de 152 anos”, contou com bom humor.

Entre e idas e vindas, Ivo Meireiles se envolveu com as coisas de Parintins e acabou se tornando compositor de boi. Além de compor, o sambista é uma espécie de ‘embaixador’ da cultura parintinense. Tanto que ele parabeniza a cidade “Parabéns, Parintins! E que essa magia continue encantando os visitantes, por mais 168 anos”, dedicou Ivo.

Sambista de renome nacional, Ivo Meireles é presença constante nos festivais de Parintins (Reprodução/Arquivo Pessoal)

Como forma de manter e divulgar a cultura dos bois, o sambista é residente no Bar da Brahma em São Paulo. No espaço, Ivo aproveita para executar toadas dos bois. Entre os sucessos estão ‘Vermelho’, ‘Tic Tic Tá’ e ‘Perrechés do Brasil’, essa última é de Ivo com parceria de Sandro Putnok e Vanderlei Alvino. A toada foi um dos grandes sucessos do festival de 2018.

Até casou!

Paulistano do bairro da Mooca, o empresário André Guimarães foi a Parintins pela primeira vez em 2001. “Minha história com Parintins começou há 19 anos. Foi um amor instantâneo que me fez deixar de mudar para outro País para abraçar nossa Parintins, nossos bois e nossa cultura”, recordou o empresário.

O paulista André Guimarães foi a Parintins no início dos anos 2000. Se apaixonou pela cidade e pela parintinense Márcia Nogueira com quem se casou (Reprodução/Arquivo Pessoal)

A paixão foi imediata que André até casou. “Virei parintinense até mesmo por título de cidadão concedido. Casei com uma parintinense do Caprichoso. Ganhei família parintinense. Casei com a ilha que me emociona e me faz chorar. Posso dizer do fundo da minha alma que Parintins é o lugar onde me sinto mais feliz neste mundo”, declarou André.

André e a esposa Márcia residem em São Paulo, mas estão em sintonia com Parintins, afinal, os dois dirigem a empresa que capta patrocínios para os bois. “A Maná Produções é hoje uma empresa que se divide entre São Paulo e o Amazonas, isso graças a Parintins e ao festival, que a gente assumiu com o firme propósito de fazer crescer e se profissionalizar”, finalizou André.

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