Fãs do violonista Sebastião Tapajós lamentam morte do ‘gênio da música’ do Pará

O músico sofreu um infarto agudo do miocárdio (Reprodução)

Bruno Pacheco – Da Cenarium

MANAUS – O violonista brasileiro Sebastião Tapajós, considerado um “gênio da música” cujo talento foi reconhecido mundialmente, morreu, aos 78 anos, nesse sábado, 2, por complicações de uma cirurgia, no Hospital da Unimed, em Santarém, Oeste do Pará. Segundo a unidade hospitalar, o artista sofreu um infarto agudo do miocárdio. O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), decretou luto oficial de três dias pela morte do músico.

(Reprodução/Twitter)

Natural do Pará, Sebastião nasceu em Alenquer (a 695.11 quilômetros da capital Belém), mas mudou-se ainda criança para o município de Santarém, onde aprendeu a tocar violão com o pai. Aos 10 anos de idade, o menino prodígio começou a tocar profissionalmente e deslanchou no meio da canção. Na juventude, estudou música em Belém, Rio de Janeiro e Portugal, onde se formou no Conservatório Nacional de Música.

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Nas redes sociais, fãs, amigos e admiradores lamentaram a morte do violonista e prestaram tributo ao artista. “Sebastião Tapajós partiu. Um gênio da música brasileira, com seu violão amazônico de espantosa beleza. Aqui vai uma de suas composições que mais me comovem: Navio Gaiola, com o próprio Tapajós e Nilson Chaves. Esse álbum todo, aliás, é lindo”, comentou o escritor Luiz Antonio Simas, no Twitter.

(Reprodução/Twitter)

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Para o presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Santarém, o advogado e professor de Direito Ítalo Melo, o legado artístico de Sebastião Tapajós permanecerá orientando gerações de músicos na região e no mundo.

“Ontem Sebastião Tapajós passou do plano físico para o espiritual. Temos uma enorme dívida com o seu trabalho de divulgação da nossa cultura. O seu legado artístico permanecerá orientando gerações de músicos em nossa região e no mundo #luto”, declarou Ítalo Melo, em uma publicação no Twitter.

(Reprodução/Twitter)

Presidente da União da Juventude Socialista no Estado do Pará e diretora da União Nacional dos Estudantes, a militante Ellana Silva lamentou a morte do violonista e destacou que a cultura paraense está de luto.

“A cultura paraense está de luto pelo falecimento do Sebastião Tapajós, violonista brilhante e ser humano incrível que tive a oportunidade de conhecer. Meus sentimentos aos familiares, amigos e a todo povo paraense”, escreveu Ellana, no Twitter.

(Reprodução/Twitter)

Consagração na música

Com mais de 50 discos lançados, Sebastião Tapajós se apresentou inúmeras vezes na Europa, principalmente na Alemanha. Ao longo da carreira, o violonista tocou com nomes conhecidos da MPB como Hermeto Pascoal, Jane Duboc, Zimbo Trio, Waldir Azevedo, Paulo Moura, Sivuca e Maurício Einhorn. Entre os artistas internacionais estão os saxofonistas Gerry Mulligan e Paquito D’Rivera, o bandoneonista e mestre do tango Astor Piazzolla e o pianista Oscar Peterson.

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Em 1998, Sebastião compôs a trilha sonora do longa-metragem paraense Lendas Amazônicas, que narra lendas e mitos famosos da região Norte do Brasil, como “O Boto”, “Matinta Pêrera”, “A Cobra Grande” e “Belém, Mitos e Mistérios”.

Em 2017, o artista teve a música “Rei Solano”, do disco “Aos da guitarrada”, incluída na novela A Força do Querer, da Rede Globo de Televisão.

Veja uma das apresentações do violonista:

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