Felipe Neto é intimado a depor por chamar Bolsonaro de ‘genocida’

O delegado responsável pelo caso foi o mesmo que indiciou o youtuber, no ano passado, por corrupção de menores (Arte: Samuelknf/Revista Cenarium)

Com informações do G1

SÃO PAULO – Nesta segunda-feira, 15, a Polícia Civil do Rio de Janeiro intimou o youtuber Felipe Neto a depor por crime previsto na Lei de Segurança Nacional. Segundo o influenciador digital, a convocação veio depois que chamou o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) de “genocida”, no contexto de gestão federal da pandemia de Covid-19.

Felipe Neto postou uma foto com a reprodução do documento em que é intimado pelo delegado Felipe Sartori, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI). No ano passado, Sartori já havia indiciado o influenciador digital por corrupção de menores.

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“Trouxeram intimação para que eu compareça e responda por crime contra a segurança nacional, porque chamei Jair Bolsonaro de genocida. Carlos Bolsonaro foi no mesmo delegado que me indiciou por corrupção de menores”, escreveu Felipe, citando o vereador carioca e filho do presidente.

O youtuber também rebateu o que classificou como “clara tentativa de silenciamento” por intimidação. “Eles querem que eu tenha medo, que eu tema o poder dos governantes. Já disse e repito: um governo deve temer seu povo, nunca o contrário. Carlos Bolsonaro, você não me assusta com seu autoritarismo”, continuou Felipe Neto.

O influenciador também defendeu o termo “genocida” utilizado por ele afirmando que há nítida ausência de política de saúde pública no meio da pandemia e contribuiu diretamente para milhares de mortes de brasileiros.

Ao G1, o delegado confirmou que o youtuber foi intimado e que o pedido partiu de Carlos Bolsonaro.

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“Foi uma petição pedindo a instalação do procedimento porque parece que o Felipe Neto teria chamado o presidente de genocida, e aí se enquadraria nessa Lei de Segurança Nacional, conforme o entendimento mais recente no STF. A petição, quem fez o pedido da investigação, foi o Carlos Bolsonaro, mas a vítima é o pai dele, o presidente”, explicou Sartori.

Em nota, a Polícia Civil também informou que o comunicado foi do vereador. A pasta acrescentou que, depois de intimado e ouvido, o caso será encaminhado à Justiça.

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