Feminismo asiático: mulheres se unem para lutar contra estereótipos e fetichização
27 de fevereiro de 2021
O coletivo Lótus Feminismo é provavelmente um dos primeiros grupos a dar espaço para que asiáticas debatam sobre os temas (Reprodução/Instagram)
Com informações da UOL
ÁSIA- “O feminismo asiático se tornou um espaço de identificação e acolhimento. Além das pautas feministas, como empoderamento e igualdade de gênero, buscamos incluir questões étnicas e raciais na discussão, para dar espaço às vivências das mulheres de origem asiática’.
A fala é da estudante Agnes Hikari Suguimoto, de 23 anos — como ela, outras mulheres descendentes de japoneses, chineses, coreanos, indianos, árabes e outros países da Ásia estão se unindo para compartilhar e discutir experiências específicas que vivem no Brasil.
O coletivo Lótus Feminismo é provavelmente um dos primeiros grupos a fazer isso: nasceu em 2016, como um grupo no Facebook criado pela artista Caroline Ryca Lee, que entendeu que existia uma demanda por “acolhimento e reflexão sobre a noção de raça entre mulheres amarelas [termo que compreende o fenótipo de japoneses, chineses, coreanos]”.
A troca cresceu, se transformou em encontros presenciais e, no mesmo ano, passou a abarcar também mulheres marrons [descendentes da Índia e de países do Oriente Médio], com a chegada da produtora de audiovisual Juily Manghirmalani. Hoje, o grupo tem oito integrantes.
“Cheguei a desistir de ser ‘bonita’” (Reprodução/Arquivo Pessoal)
“O que nos une é essa vontade de transformar, fazer as pessoas perceberem que o Brasil é plural, com muitas camadas étnicas que precisam ser discutidas. E não havia abertura para esse diálogo. É um movimento muito recente, um bebê aprendendo a falar”, diz Juily.
“Temos um intercâmbio cultural muito fraco com países asiáticos e pouco incentivo a conhecer essas culturas. Por isso, somos colocadas num lugar exótico, decorativo, ao invés de compreender que a sociedade é muito mais plural do que a gente pensa”.
Universa ouviu três mulheres que se sentem acolhidas por esse viés asiático do feminismo. Todas elas citam a luta contra estereótipos racistas, como a ideia de que a mulher asiática é submissa, e a falta de representatividade nas mídias — vale lembrar que a TV brasileira teve a primeira atriz de origem asiática protagonista de novela, Ana Hikari, há apenas dois anos. E falam da descoberta da ancestralidade e de preconceito. Veja a matéria completa em UOL.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.