‘Fiquei com dó’, diz servidor público ao construir casa para cadela de rua

A cadela foi carinhosamente chamada de Branca com Preto (Arquivo pessoal)

Da Revista Cenarium*

BOA VISTA, RR – Uma pequena casa improvisada abriga a cadela Branca com Preto – nome que recebeu pelas cores de seus pelos – no bairro Cidade Satélite, na zona Oeste de Boa Vista, em Roraima. O lar, construído com telhas e pedaços de madeira, chama a atenção de quem passa pela região.

Em agosto, o servidor público Antônio Filho, de 38 anos, construiu a casinha. Ele ficou comovido pelo animal viver solto nas ruas e sem cuidados, mas não possui condições de adotar um bicho de estimação.

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“Construí a casinha porque fiquei com dó da situação, principalmente em tempo de chuva. Fiz embaixo de uma árvore porque já traz um certo frescor em dias quentes. Brinquei que ela foi contemplada no Minha Pata Minha Vida ”, disse o servidor público.

Conforme a zootecnista, ela foi motivada pela compaixão com o outro, independe da espécie. A decisão de castrar é uma forma de evitar que a Branca com Preto dê crias que também viverão na rua.

A Branca com Petro já vive há dois anos pela região e por ser uma velha conhecida, os moradores do bairro tomaram para si o dever de colocar água e alimentação em vasilhas que ficam próximo ao novo lar.

“Recentemente ela foi atropelada e ficou mancando. Dei medicamento e melhorou da dor, mas ainda não está recuperada”, contou o servidor público.

A história do atropelamento rapidamente se espalhou nas redes sociais. A zootecnista Priscila Fantinato é uma das pessoas que decidiu arcar com as despesas de um veterinário para tratar a cadela.
No início de setembro, a Branca com Preto recebeu atendimento médico a domicílio e realizou exames. Ela deve passar por tratamento para a doença do carrapato e, posteriormente, será castrada.

“Também é uma forma de incentivar o cão comunitário, que já é uma realidade em muitas cidades brasileiras, inclusive amparado por lei. É quando um grupo de pessoas decide se responsabilizar aos cuidados de um animal, mesmo não podendo levá-lo para casa. O cão comunitário é uma medida social”, disse a zootecnista.

(*) Com informações do Portal G1

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