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Fotógrafo indígena Guarani Mbya integra exposição no Museu de Arte Brasileira
Richard Wera Mirim na exposição que reúne fotos e pinturas com temática indígena (Reprodução/Instagram)
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19 de outubro de 2021
Gabiella Lira – Da Cenarium
MANAUS – O fotógrafo, cineasta e comunicador Richard Wera Mirim, da etnia Guarani Mbya, participa pela primeira vez da Exposição Mbya Rego – O Jaraguá é Guarani, que acontece no Museu de Arte Brasileira (MAB), em São Paulo, de 13 de outubro a 14 de novembro.
Com curadoria do professor e diretor da área de comunicação da Faculdade Armando Alvares Penteado (FAAP), Rubens Fernandes Junior, a exposição reúne fotos e pinturas que retratam o modo de vida do povo Guarani Mbya, que vive na Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo.
As obras expostas são de autoria de artistas que conhecem de perto as aldeias Guarani Mbya, como Rafayane Carvalho, Dinas Miguel, Thiago Carvalho. Richard Wera Mirim diz que encontrou na arte da fotografia e do cinema um caminho para expressar o modo de vida e a luta do seu povo, além de incentivar outros jovens a servirem à comunidade e compartilharem com os não indígenas sobre a história, luta, cultura e conhecimentos dos Guarani.
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“Foi a melhor sensação do mundo pra mim. Por ser minha primeira exposição de fotos, fiquei muito feliz quando recebi a proposta. Pela primeira vez eu, como um comunicador indígena, tive a oportunidade de expor fotografias através do meu olhar”, conta o fotógrafo, que também coordena o canal de comunicação dos Guarani Mbya no Brasil (@midiaguaranimbya), criado em 2020.
A exposição
A exposição apresenta como os Guarani vivem e resistem praticando o que eles chamar de nhandereko, que consiste no ensinamento e manutenção da língua materna guarani, do resgate, plantio e consumo dos alimento tradicionais, da espiritualidade por meio das cerimônias sagradas, entre outras atividades do dia a dia.
“Significa muita coisa para nós do povo Guarani. Um momento que nós sempre esperamos, sermos reconhecido, ocupar museus e vários outros lugares em São Paulo com seu olhar em fotografia, e lá temos exposição de nossas artes também tipo cocar, bichinhos de madeiras, nosso cachimbo sagrado, além de várias outras coisas”, afirma Richard.
As peças de artesanato inspiradas na fauna brasileira, nos penachos e no cocar, no tradicional petyngua (cachimbo Guarani), o milho como fonte de alimento, chamado de avaxi ete’i, e o nhandereko (“nosso modo de viver”) ou mbya reko (“o modo de vida deles”) está presente em toda a exposição, retratados também nas fotografias.
Na Terra Indígena Jaraguá moram, aproximadamente, 800 indígenas, divididos em seis núcleos de aldeias: Tekoa Pyau, Tekoa Ytu, Tekoa Itawera, Tekoa Yvy Porã, Tekoa Itakape e Tekoa Itaendy. A Exposição é uma realização da Fundação Armando Alvares Penteado e conta com o apoio da Polis Consulting. Para agendar um horário para visitação, acesse: https://visitante.agendamento.faap.br/
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