França já autoriza entrada de brasileiros completamente vacinados contra Covid-19

Torre Eiffel volta a receber visitação após nove meses fechada por causa da pandemia(Reprodução/Photo/Michel Euler)

Com informações de O Globo

PARIS — O governo da França anunciou nesse sábado que passou a aceitar a entrada de pessoas que já foram completamente imunizadas com as vacinas contra a Covid-19, independentemente do seu país de origem. Logo, brasileiros que receberam as doses necessárias de um dos imunizantes autorizados pela Agência Europeia de Medicamentos já podem viajar para o território francês.

A medida valerá para os imunizantes da Pfizer-BioNTech, da Moderna, da AstraZeneca-Universidade de Oxford e da Janssen. O viajante precisará esperar sete dias após após a segunda vacina ou, no caso da dose única da Janssen, 28 dias. A França, até o momento, não aceita aqueles inoculados com a SinoVac, conhecida no Brasil como CoronaVac.

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Ao desembarcar no país, os turistas precisaarão apenas mostrar seu comprovante de vacinação e um documento assinado declarando a ausência de sintomas da Covid-19 e que seu portador não teve contato com uma pessoa infectada, segundo as diretrizes divulgadas no site do Ministério do Interior francês.

“Como as vacinas são eficazes contra o vírus, e em particular contra a variante Delta, as restrições que pesam sobre os viajantes com um esquema de vacinação completo com uma dose reconhecida pela Agência Europeia de Medicamentos serão retiradas de neste sábado, dia 17, independentemente do país de origem” disse o premier Jean Castex em um comunicado.

Isso, vale ressaltar, não significa que será possível viajar normalmente para o resto da União Europeia. A maior parte dos países da região mantém restrições para a entrada de pessoas oriundas de regiões que enfrentam situações críticas da pandemia de Covid-19, como o Brasil, estejam elas vacinadas ou não.

Nestes casos, o mais comum é que o viajante com passagem pelo Brasil precise esperar de sete a 14 dias antes de prosseguir para outra nação que mantém restrições mais contundentes. Como as regras mudam rapidamente, a recomendação é que procure mais informações com as embaixadas e órgãos oficiais dos países de destino antes de viajar.

A França continua a classificar o Brasil como um “país vermelho”, o que significa que brasileiros não vacinados continuam a só poder entrar no país em caso de motivos “irrefutáveis”, como razões humanitárias e vistos de residência. Nestes casos, todos com mais de 12 anos precisarão mostrar um teste PCR negativo realizado até 48 horas antes do embarque e outro na chegada, além de uma quarentena de 10 dias.

A mais recente concessão francesa foi anunciada em conjunto com o acirramento das restrições para viajantes não vacinados de uma série de países que lidam com um aumento dos casos, impulsionado pela disseminação da cepa Delta, cerca de 60% mais contagiosa. A estimativa dos especialistas é que a mutação seja responsável por aumentar em cinco vezes, até agosto, as novas infecções no continente.

A partir de domingo, turistas não vacinados de países como Portugal, Espanha, Reino Unido, Holanda e Grécia, precisarão novamente apresentar um teste PCR negativo feito até 24 horas antes da entrada em solo francês. Até o momento, os britânicos deviam apresentar exames feitos até 48 horas antes do embarque e os viajantes dos outros países, com até 72 horas de antecedência.

Trata-se de um balde d’água fria para o setor turístico do país, que mirava no verão do Hemisfério Norte para recuperar as perdas acumuladas nos mais de 16 meses de pandemia. Especialistas de saúde, contudo, apontam que as medidas são necessárias para evitar uma piora do quadro sanitário francês.

Após impor uma quarentena nacional em março, sua terceira desde o início da crise sanitária, a França viu os casos despencarem no país já a partir de abril. No último mês, as novas infecções em um platô, na casa de 2 mil diagnósticos por dia, e voltaram a subir nos últimos dias, chegando na sexta a uma média móvel de 5,8 mil.

No dia 16 de junho, o país anunciou que aboliria as restrições ainda em vigor para a circulação interna, suspendendo a obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços públicos e o toque de recolher. Tudo isso só foi possível devido ao avanço da vacinação no território francês, que já inoculou 55% de sua população com ao menos uma dose, e aplicou as duas em 40%.

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