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Fundeb no AM: R$ 482 milhões injetados na economia trazem alívio e realização de sonhos
Professora leciona em sala de aula no Amazonas (Divulgação)
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23 de dezembro de 2021
Nauzila Campos – Da Revista Cenarium
MANAUS – Chegou o dia tão esperado. 32,9 mil profissionais da Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc) e do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) recebem nesta quinta-feira, 23, o maior abono da história do Amazonas com o pagamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e da Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). São R$ 482 milhões injetados na economia e sociedade amazonenses, impactadas pelos efeitos da pandemia.
Os valores vão de R$ 12,6 mil a R$ 37,8 mil, e beneficiam tanto professores quanto servidores da área administrativa da educação. A professora Socorro Duarte, que leciona do primeiro ao quinto ano, na Escola Estadual de Tempo Integral Madre Tereza de Calcutá, no Morro da Liberdade, compartilha, nas palavras, o alívio depois de tanto sufoco que a pandemia causou.
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“Foi um ano difícil. Nossas aulas iniciaram de forma virtual e depois híbrida para, então, voltarmos ao presencial. Muitos alunos não tinham acesso à internet, então, nós que dávamos o jeito para alcançar o objetivo que é a aprendizagem 100% das crianças. Foi complicado, mas agora tá aí a valorização”, lembra a professora.
Já fazia tempo que o Fundeb não contemplava o setor administrativo da Seduc. Neste pagamento histórico de 2021, porteiros, merendeiras, serviços gerais e outros servidores também recebem, assim como os professores. Outra beneficiada é Shirley Ribeiro, secretária administrativa da Escola Estadual Bom Pastor, no bairro Crespo. Para ela, gratidão é sua palavra da vez.
“Hoje, eu me sinto muito feliz e muito agraciada. Agradeço ao governador por nos ter dado a oportunidade de hoje, em plena véspera de Natal, nos beneficiar com esse abono. Chegou a nossa vez. Nós fazemos parte da educação e não éramos vistos. Agora, foi feito a justiça. Todos fomos reconhecidos”, comemora.
Como gastar?
A economista Denisse Kassama reconhece como mais do que justo o recurso, que vai ajudar a aquecer a economia, no Estado, neste Natal de baixas vendas. “É um recurso que permite ao profissional fazer suas compras de fim de ano, negociar suas dívidas e, até mesmo, aplicar uma parte do recurso”, pontua a vice-presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon).
A especialista ainda dá dicas para quem quer direcionar os valores ao pagamento de débitos ou a investimentos. “Com a taxa Selic a 9,25%, o momento é indicado para renegociar e quitar as dívidas, prioritariamente. Muitos credores acabam reduzindo multa e juros, neste processo, facilitando a quitação; afinal, em tempos atuais, não há sensação melhor do que dormir sem dívidas para se preocupar”, explica Kassama.
A taxa de juros alta também favorece aqueles que preferem guardar o dinheiro, conforme explica a economista. “O mercado financeiro dispõe de aplicações, a partir de R$ 50, com remunerações acima da inflação. Mas é importante avaliar quanto tempo você poderá deixar o recurso investido, pois, resgatar antes do previsto, geralmente, incide impostos”, destaca ainda.
A orientação de Denise Kassama é compartilhada, também, pela professora Socorro Duarte, que é disciplinada com as dívidas mensais e já tem direcionamento certo para o que recebeu. “Foi um percentual que nós realmente não esperávamos. Eu pretendo investir”, conta.
Já a secretária Shirley vai realizar um sonho. “Eu tô reformando a minha casa. Então, vou investir nisso, graças a Deus, com essa valorização ao servidor”, explica.
Obrigação do Estado
O sociólogo Francinézio Amaral destaca a importância de diferenciar a determinação prevista em lei, que é o pagamento do Fundeb, de uma ação política, visando a proximidade da campanha eleitoral de 2022.
“É importante que tanto a categoria dos profissionais da educação quanto a sociedade em geral atentem para o fato de que o Governo do Amazonas não está concedendo nenhuma benesse aos servidores. O Fundeb é, em si, um instrumento que visa investir no aumento da qualidade dos serviços prestados e garante aos servidores o direito ao rateio da verba que não for utilizada em demandas materiais. Então, o atual governo apenas cumpre sua obrigação de fazer o rateio justo entre os servidores”, conclui o sociólogo.
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