FVS inicia rastreio após confirmar que Ômicron seja predominante no Amazonas

FVS acredita que a alta transmissibilidade da variante do novo coronavírus pode fazer com que ela seja predominante no Amazonas nas próximas semanas (Rodrigo Santos/SES-AM)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – Após uma reunião do Comitê Intersetorial de Enfrentamento da Covid-19, na sexta-feira, 14, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) iniciou uma ação de rastreio da variante Ômicron da Covid-19 para adotar medidas e traçar estratégias para contenção da doença. Segundo o órgão, a alta transmissibilidade da variante do novo coronavírus pode fazer com que ela seja predominante no Amazonas nas próximas semanas.

Ao todo, 600 amostras de genoma, coletadas por meio de testes RT-PCR em pessoas que testaram positivo, foram encaminhadas pela FVS-RCP para sequenciamento genômico no Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia), com o objetivo de rastrear casos da nova variante.

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Dados do comitê revelarem que cada infectado pela nova variante pode transmitir o vírus para outras 206 pessoas. Por conta disso, a FVS-RCP trabalha com a tendência de que a Ômicron seja o principal motivo de avanço dos casos de Covid-19.

“Todos nós sabemos que agora em janeiro tivemos a introdução da variante Ômicron, que essa variante é o principal motivo do avanço de casos”, declarou Tatyana Amorim, diretora-presidente da FVS-RCP. Segundo a titular da fundação, até o momento, não há registro no Amazonas de pessoas internadas com a Ômicron.

Ações

Desde a confirmação da chegada da Ômicron no Amazonas, em quatro de janeiro deste ano, o governo estadual tem adotado ações mais firmes para acompanhar a evolução dos casos de Covid-19 e combater a disseminação do vírus.

Na primeira semana deste mês, o governador Wilson Lima (PSC) assinou um decreto que suspendeu a realização de eventos de qualquer natureza com vendas de ingressos em todos os municípios do Estado do Amazonas, independentemente da quantidade de público. A medida de prevenção à disseminação da Covid-19 vale por tempo indeterminado.

Na ocasião, em eventos sociais de caráter privado, sem a venda de ingressos, como casamentos, aniversários, formaturas, o número de pessoas foram limitados a 50% da capacidade do local e ao máximo de 200 pessoas. Os locais também devem seguir os protocolos de distanciamento, uso de máscara, álcool em gel e regularidade da situação vacinal.

Combate no interior

Ações preventivas também têm sido adotadas pelas prefeituras do interior do Estado. Em São Paulo de Olivença (a 1.350 quilômetros de Manaus), o prefeito Nazareno Souza Martins, o Gibe (Republicanos), prorrogou o decreto de restrição parcial e temporária de circulação de pessoas pelo município até 30 de janeiro deste ano.

Já em Beruri (a 173 quilômetros de Manaus), a prefeita Maria Lucir Santos de Oliveira (MDB) tornou obrigatória a imunização contra a Covid-19 dos servidores públicos municipais, estagiários e colaboradores de empresa que prestam serviços à administração pública municipal.

Veja mais: Prefeituras do AM adotam restrições e tornam obrigatória vacinação contra Covid-19

Maria também tornou obrigatória o uso de máscaras para circulação das pessoas em espaços públicos e seguiu o decreto do Governo do Amazonas e suspendeu, até posterior liberação, a realização de eventos de qualquer natureza com vendas de ingressos na cidade, que tem 2.296 casos de Covid-19 e 34 mortes pela pandemia.

Em Parintins (a 336 quilômetros de Manaus), o prefeito Bi Garcia (DEM) decidiu cancelar a realização do ‘Carnailha 2022’. O evento, que estava previsto para fevereiro deste ano, foi suspenso por conta da variante Ômicron da Covid-19.

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