‘GLO na Amazônia poderá ser prorrogada’, afirma vice-presidente Hamilton Mourão

Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Amazônia encerra nesta sexta-feira (Adnilton Farias/VPR)

Com informações do Estadão Conteúdo

BRASÍLIA – Encerrada nesta sexta-feira, 30, a Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Amazônia ainda poderá ser prorrogada pelo governo. O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira, 30, que as Forças Armadas estão prontas, caso seja necessário continuar a Operação Verde Brasil 2 na região amazônica. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro ainda deve decidir sobre uma possível prorrogação da presença dos militares no local.

Veja também: Combate ao desmatamento – com o fim da GLO e Operação Verde Brasil 2, militares saem da fiscalização e órgãos têm que se mobilizar

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“As Forças Armadas estão em stand by, caso seja necessário”, disse Mourão na chegada ao Planalto nesta manhã. “O ministro da Defesa não me deu retorno [sobre a prorrogação]. O presidente poderá decidir isso a qualquer momento. Vamos dizer o seguinte, todo comandante tem que ter uma reserva, a reserva do presidente qual é? São as Forças Armadas. Se sentir que não estamos conseguindo cumprir a tarefa com que nós temos, a gente entrega às Forças”, declarou.

Até o ano passado, o governo descartava a opção de manter os militares na região (Divulgação/Sema)

Até o ano passado, o governo descartava a opção de manter os militares na região. Em declarações recentes, no entanto, Mourão tem citado a possibilidade de uma prorrogação da GLO até o fim de julho de 2021, quando se encerra o ciclo de medição do Prodes, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora os níveis de desmatamento na região. Entre as metas do governo, está a redução do desmate em 15% em relação ao registrado no ciclo anterior do Prodes, de 2019/2020.

“O Ministério do Meio Ambiente, ele mesmo julga que pode ser necessário [prorrogar a GLO], pelas carências das nossas agências”, citou. “Mas, como nós estamos adotando uma estratégia de concentração de força naqueles lugares onde a gente sabe que o desmatamento e a queimada estão ocorrendo com maior intensidade, julgo que a gente teria condição de cumprir essa tarefa com o que temos”, opinou.

O vice-presidente avalia que é possível combater os ilícitos ambientais com os esforços das agências governamentais e órgãos de fiscalização, mas reconhece que há um “gap” para a contratação de efetivo. “Na característica do nosso país, a gente não pode contratar temporariamente. É complicado para esse tipo de atividade. Teria que abrir concurso, tem a questão de você, vamos dizer assim, preparar a pessoa para que ela cumpra essa tarefa. Então, existe esse ‘gap'”, completou.

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