Governador do AM participará de evento que celebra centenário da Semana de Arte Moderna em SP

Wilson Lima representará o Amazonas e a Amazônia no colóquio “Brasil 2022: Centenário da Semana de Arte Moderna” (Arte: Isabelle Chaves/ Revista Cenarium)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS — A comemoração dos 100 anos da Semana de Arte Moderna no Brasil terá a participação do Amazonas como o Estado da Amazônia que tem profunda relação com o Modernismo, movimento que surgiu a partir do evento realizado no País, em fevereiro de 1922. O colóquio acontece de forma online, de 14 a 18 de fevereiro, e conta com o apoio do Governo do Estado do Amazonas, Secretaria de Estado de Cultura (SEC), da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e do Conselho Municipal de Política Cultural (Concultura). Participará também da abertura o secretário de Cultura da capital amazonense, Alonso Oliveira.

Na abertura do colóquio “Brasil 2022: Centenário da Semana de Arte Moderna”, o Estado será representado pelo governador Wilson Lima, único chefe do executivo convidado pelo secretário de Cultura, Marcos Apolo. Como o evento será on-line, o governador do Amazonas participará por meio de vídeo, no qual lembrará dos percursos atravessados para vencer os desafios da Amazônia em um período pandêmico.

Uma das saídas encontradas – e que deve ser tema do discurso de Wilson Lima – esteve na promoção de incentivo à cultura por meio da disponibilização de recursos para os trabalhadores do setor. Ações emergenciais, que ganharam vida com a Lei Aldir Blanc (Lei Federal nº 14.017), foram fundamentais na sobrevivência da classe artística e divulgação da cultura regional.

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Já o último dia do evento/colóquio será dedicado à Amazônia em forma de arte, ciência e luta, com a participação de lideranças indígenas, pesquisadores da Amazônia e apresentações de cantos e danças indígenas.

O poeta amazonense e um dos curadores do colóquio Tenório Telles explica que o Amazonas e a região amazônica tiveram importante influência nas obras de grandes nomes do Modernismo, como Mário de Andrade, autor de “Macunaíma”, e do poeta gaúcho Raul Bopp, que escreveu “Cobra Norato”. O último dia do colóquio será patrocinado pela SEC.

“O Amazonas terá destaque pela relação que tem com o Modernismo porque Mário de Andrade esteve no Estado em 1927, onde fez palestra em Manaus. A Amazônia é muito importante para o Modernismo brasileiro e o grande poeta Raul Bopp escreveu o grande clássico da poesia brasileira, ‘Cobra Norato’, inspirado na Amazônia”, salienta Telles.

Leia também: Evento celebra 100 anos da Semana de Arte Moderna com dia dedicado à valorização da cultura indígena

A Semana de Arte Moderna

Em 1922, a Semana de Arte Moderna foi realizada entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, tendo como palco o Teatro Municipal de São Paulo, e cada dia da semana trabalhou um aspecto cultural: pintura, escultura, poesia, literatura e música. O evento é reconhecido por marcar o início do Modernismo no Brasil, movimento que assimilou tendências culturais e artísticas da Europa, incorporando o contexto brasileiro e valorizando características culturais do País, como os mitos indígenas, a cultura popular e as tradições ancestrais do povo brasileiro.

“Foi o evento cultural mais importante da história do País, tenho essa percepção. Um movimento que permitiu a renovação da cultura, do pensamento e foi o ponto de partida para o estabelecimento do Modernismo no País”, compartilha Tenório Telles.

É possível conferir a programação completa e fazer a inscrição gratuita no site: https://www.semanade22pucsp.com/.

O poeta amazonense Tenório Telles (Ricardo Oliveira/ Revista Cenarium)
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