Governo anuncia mutirão de cirurgias no AM e prevê 331 mil procedimentos até 2025
Por: Alinne Bindá*
30 de setembro de 2025
MANAUS (AM) – O Governo do Amazonas anunciou, nesta terça-feira, 30, o lançamento de um mutirão de cirurgias que deve impulsionar o programa Opera+ Amazonas a alcançar 331 mil procedimentos até o fim de 2025. A iniciativa amplia a oferta de operações eletivas, reduz filas históricas e reorganiza a rede hospitalar do Estado.
Até agosto, o Opera+ já registrava 230 mil cirurgias eletivas realizadas, quase 50 mil a mais em comparação ao mesmo período de 2024. O balanço foi apresentado pelo governador Wilson Lima (União) durante evento na Fundação Hospital Adriano Jorge, em Manaus. Segundo ele, o programa vem ampliando a capacidade cirúrgica e ajustando fluxos da rede pública, com atendimento estendido em hospitais da capital e do interior.
“Queremos diminuir o tempo de espera do paciente e garantir que o maior número possível tenha acesso ao procedimento cirúrgico, oferecendo serviços de qualidade em toda a rede estadual”, afirmou Lima, destacando as novas estratégias adotadas para desafogar a rede pública.

Entre as unidades que operam em regime ampliado estão o Hospital Delphina Aziz, o Hospital Geral Dr. Geraldo da Rocha e a Maternidade Chapot Prevost, que passaram a realizar procedimentos até a madrugada. A Fundação Adriano Jorge retomou cirurgias ortopédicas complexas, como de ombro, quadril e joelho, enquanto o Complexo Hospitalar Sul absorve parte da demanda para aliviar outras unidades.
Os principais avanços têm ocorrido em áreas de maior procura, como ortopedia, cirurgia geral, ginecologia, dermatologia, oftalmologia e urologia. De acordo com a Secretaria de Saúde, o uso de tecnologia tem sido decisivo no processo. O Complexo Regulador passou a utilizar uma assistente virtual que envia mensagens de texto com data, horário e local de consultas e exames pré-operatórios. O sistema exige confirmação dos pacientes, o que agiliza o agendamento e reduz faltas.
A secretária de Saúde, Nayara Maksoud, explicou o funcionamento do circuito cirúrgico e o papel da tecnologia nesse processo. “O complexo regulador, por meio da assistente virtual, envia uma mensagem para o celular do paciente indicando o local e horário da consulta. É fundamental que o paciente responda para garantir o agendamento e a realização da cirurgia”, destacou, apelando à colaboração dos pacientes.

Como reforço à estratégia, o governo anunciou o início, em outubro, de um mutirão de cirurgias de catarata. A meta é realizar 12 mil procedimentos até dezembro, com 180 operações diárias. Metade será feita no Hospital Delphina Aziz e a outra parte em clínicas privadas credenciadas. O investimento total chega a R$ 186,6 milhões, sendo R$ 155,5 milhões de recursos estaduais e R$ 31 milhões federais.