Governo do AM anuncia R$ 100 milhões para amenizar danos de nova maior enchente prevista para 2022

Chefe da Defesa Civil durante coletiva com governador Wilson Lima. (Marcela Leiros/ Revista Cenarium)


Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – Os níveis dos rios no Amazonas deverão superar as cotas históricas também em 2022, segundo preveem estudos anunciados pelo Governo do Amazonas. Nesta segunda-feira, 27, o governador Wilson Lima afirmou que os níveis dos rios na maioria das calhas estão acima da normalidade para o período, com exceção da calha do Madeira. A previsão é que mais de 500 mil pessoas, cerca de 130 mil famílias, sejam afetadas no ano que vem.

Em coletiva de imprensa na sede do Governo, localizada na zona Oeste de Manaus, foi lançada a operação “Enchente 2022”, um plano de ação com orçamento inicial de R$ 100 milhões para ações de ajuda humanitária, entre outras. Todos os 62 municípios do Estado devem ser atingidos pela enchente, mas as primeiras cidades começam a sentir os impactos iniciais entre o fim de janeiro e o início de fevereiro do próximo ano.

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“Nós já estamos mobilizando toda a nossa estrutura, inclusive estamos reunidos aqui para discutir ações integradas para esses municípios e famílias que forem atingidas pela cheia dos rios. A previsão é que 100% do Estado seja atingido”, disse o governador ao lado de representantes da Defesa Civil do Estado, Vigilância Sanitária, Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), entre outros.

Leia também: ‘É um marco na nossa história’, diz amazonense sobre nível do rio Negro que se iguala à cheia de 2012

O plano de ação ainda inclui a montagem de estruturas de abastecimento de água potável, crédito e anistia por meio da Afeam, estruturas como hospital flutuante e delegacia flutuante.

O governador Wilson Lima durante coletiva de anúncio da Operação “Enchente 2022” (Diego Peres/ Secom)

Cheia histórica

Neste ano, em 16 de junho, o nível do rio Negro alcançou a maior cota da história, com 30,02 metros. Esse foi o maior marco em 118 anos. A cheia histórica de 2021 foi consequência do alto volume de chuvas no início do ano e se deu pela condição do Oceano Atlântico de neutralidade no sul e aquecimento no norte.

Outro fator, somado ao deslocamento da formação de nuvens, é o fenômeno La Niña, que leva as áreas de precipitação a se concentrarem ao norte. O Governo do Amazonas indica que, para 2022, o La Niña deve ser uma das causas, também, da cheia fora da normalidade.

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