Governo do Amazonas prevê seca severa em 2024 e antecipa ações contra impactos
09 de maio de 2024
Wilson Lima na coletiva de imprensa desta quinta-feira (Reprodução/Luiz André/CENARIUM)
Carol Veras – Revista Cenarium
MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima, realizou, nesta quinta-feira, 9, uma coletiva de imprensa para divulgar as medidas que o Executivo deve tomar a respeito do período de seca previsto para a segunda metade de 2024. De acordo com o Painel do Clima, site de monitoramento do Estado, a previsão é que o nível dos rios atinja marcações tão baixas quanto o ano passado, o que resultou na maior estiagem dos últimos 100 anos.
Com o objetivo de mitigar os impactos, o governo anunciou a emissão de licenças ambientais junto ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) para a dragagem em quatro trechos de rios do Amazonas. Com a regularização, o processo deve ser iniciado antes do período crítico. “Estive junto ao governo federal expondo a preocupação que nós temos com relação à estiagem deste ano, que deve ser muito severa”, informou Wilson Lima.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou medidas nesta quinta-feira, 9 (Artur Castro/Secom)
O trabalho de dragagem será feito pelo governo federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com previsão de início imediato a partir da emissão das licenças. Desde o ano passado, o rio ainda não atingiu seu nível de normalidade. Este ano, a previsão é que a seca impacte mais de 150 mil famílias.
“Nunca foi necessário, em 121 anos, fazer dragagem. Este ano nós nos antecipamos, porque tudo leva à convicção de que teremos uma outra estiagem tão forte quanto ao ano passado. A fase que está agora é que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit) pediu a licença do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) para poder fazer o serviço”, afirma o secretário de Estado de desenvolvimento econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Serafim Corrêa, em declaração à CENARIUM.
Imagens da seca no ano de 2023 (Arquivo/Ricardo Oliveira/CENARIUM)
600 mil afetados
Wilson Lima também participou de reuniões com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva (Rede), e o ministro dos Transportes, José Renan Vasconcelos, para definir questões de ajuda humanitária às 600 mil pessoas que podem sofrer com a seca.
De acordo com o governador, comunidades do interior e da capital poderão ter dificuldade de acesso a mantimentos e água potável devido ao recuo dos rios. Outro agravante é o comprometimento da atividade econômica no Estado, por conta da maioria das mercadorias ser transportada por meio fluvial. As secas também podem aumentar o número de ocorrências de queimadas e, como consequência, piorar a qualidade do ar.
“Como prevenção, estão sendo reservadas 100 mil cestas básicas e 83 mil litros de água potável para distribuição por todo o Estado“, afirma. Para evitar o desabastecimento, Wilson Lima recomendou às empresas que fornecem serviços essenciais, como fornecimento de água e energia, que possam estocar combustíveis e insumos necessários.
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