Ministro da Fazenda vai lançar projeto para impulsionar economia sustentável


14 de abril de 2023
Ministro da Fazenda vai lançar projeto para impulsionar economia sustentável
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), prepara para lançar em maio o plano de transição ecológica, conhecido como ‘pacote verde’, que visa impulsionar a economia com ações sustentáveis de incentivo. A informação foi confirmada por Rafael Dubeux, assessor especial do ministro da Fazenda, ao Estadão.

Dividido em seis blocos, o pacote verde tem como foco a bioeconomia por meio do crédito de carbono, produção de painéis solares e ampliação da participação de produtos da floresta nas exportações. O Plano de transição ecológica já havia sido apresentado em 2018, durante campanha de Fernando Haddad e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência.

Com a derrota nas urnas naquele ano, a proposta ficou arquivada até o atual mandato. Segundo o governo, esse plano busca apresentar um conjunto de transformações estruturais, pautados na nova realidade ambiental e econômica, para garantir um desenvolvimento sustentável para o País.

A estruturação está sendo feita dentro da Fazenda, com todos mergulhados no tema, mas o governo inteiro está engajado”, disse Rafael Dubeux, ao Estadão, confirmando que a promessa feita pelo presidente Lula à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, de que o tema seria tratado de forma transversal entre as pastas.

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Com isso, o Ministério da Fazenda e do Meio Ambiente articulam projetos em parceria com as pastas de Minas e Energia e Agricultura. O anúncio deve anteceder o evento de conselho de fundos climáticos, marcado para junho, onde Haddad deve trazer discurso apoiado a economia sustentável.

Divisão do pacote verde de Haddad

Bloco 1: Incentivos econômicos

  • Engloba, por exemplo, a criação de uma regulamentação para o mercado de créditos de carbono e o lançamento de títulos verdes.

Bloco 2: Adensamento tecnológico do setor produtivo

  • Incentivos para que a indústria nacional participe de todo o processo da transição para uma economia de baixo carbono, em processos como, por exemplo, a produção de painéis solares. A integração entre universidade e empresas está dentro desse eixo.

Bloco 3: Bioeconomia

  • A participação de produtos brasileiros oriundos da floresta e da sociobiodiversidade é de 0,17% nas exportações domésticas, e a ideia é elevar essa participação. Nos cálculos da Fazenda, é possível chegar a pelo menos 1% ou 2% do total.

Bloco 4: Transição energética

  • Neste eixo entrariam os incentivos à captura e a estocagem de carbono e planos para a exportação do excedente de hidrogênio verde que for produzido.

Bloco 5: Resíduos e economia circular

  • Buscar soluções para o tratamento de resíduos, um tema com pouca discussão no Brasil. A questão do saneamento também entraria nesse pacote.

Bloco 6: Mudança do clima e nova infraestrutura

  • A discussão aqui está relacionada a grandes obras que considerem, por exemplo, absorção de chuvas e distanciamento de construções em áreas de risco.

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