Início » Cultura » Grafite homenageia lideranças indígenas em uma das principais avenidas de Manaus
Grafite homenageia lideranças indígenas em uma das principais avenidas de Manaus
O mural exalta as lideranças Cláudia Baré e Samela Sateré-Mawé, referências do movimento indígena na Amazônia (Divulgação/Greenpeace)
Compartilhe:
01 de abril de 2022
Com informações da assessoria
MANAUS – Voluntários do Greenpeace, em Manaus, inauguraram na Avenida Djalma Batista, Zona Centro-Sul de Manaus, na tarde da quinta-feira, 31, um mural em grafite de 23 metros de comprimento que evoca a luta dos povos indígenas pela demarcação de suas terras e homenageia as lideranças indígenas Cláudia Baré e Samela Sateré-Mawé.
De autoria dos artistas visuais Sarah Campelo, Cria e Kina Kokama, o mural também quer apontar a inconstitucionalidade da tese #MarcoTemporalNão, marcada para ser julgada em junho no Supremo Tribunal Federal (STF) e que deve definir o futuro de todas as Terras Indígenas do Brasil. Diversos especialistas e lideranças afirmam que este é o julgamento mais importante da história para os povos originários brasileiros.
PUBLICIDADE
Foram dez dias seguidos de produção até a conclusão do mural, que contou com a colaboração do grupo de Voluntários do Greenpeace em Manaus. De acordo com a artista visual Sarah Campelo – uma das idealizadoras do ato – a ideia de abordar o Marco Temporal na intervenção artística vem da importância que o assunto possui para o futuro do Brasil.
“Estamos na Amazônia e precisamos pensar nas consequências que a aprovação do Marco Temporal teria para nós, aqui no Norte do Brasil. Esse mural é uma tentativa de diálogo, de colocar esse assunto na pauta e gerar discussão sobre esse tema num espaço muito importante, que é a rua”, explicou Sarah.
“Além disso, queríamos homenagear lideranças indígenas que colocam de maneira muito clara e firme as demandas dos povos indígenas e que lutam pela demarcação de terras, que são tão importantes para a preservação da vida em nosso País”, complementou a artista.
O mural é também um aquecimento para as discussões que vão ocorrer na 18ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), que começa na próxima semana, em Brasília (DF), e que tem como tema “Retomando o Brasil: demarcar territórios e aldear a política” e denuncia a omissão do poder executivo no reconhecimento e demarcação para mais de 800 Terras Indígenas, além de estimular o debate sobre a participação dos indígenas no fortalecimento da democracia brasileira.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.