Greenpeace envia 21 mil seringas para assistência de povos indígenas do Alto Rio Negro, no AM

Avião do Greenpeace carrega 21 mil seringas para iniciar os trabalhos de vacinação e imunização em São Gabriel da Cachoeira, no Alto Rio Negro (Divulgação)

Com informações da assessoria

MANAUS – A falta de insumos nos hospitais de Manaus vista nos últimos dias avança também para os demais municípios e regiões remotas do Amazonas. Para apoiar as populações indígenas no enfrentamento à pandemia, o Greenpeace Brasil retomou o projeto Asas da Emergência, que soma solidariedade e esforços em prol dos povos indígenas, extremamente vulneráveis à Covid-19.

Para apoiar as preparações necessárias para iniciar o trabalho de vacinação e imunização, nessa quarta-feira, 20, o Greenpeace transportou 21 mil seringas para o Alto Rio Negro (a 990 quilômetros de Manaus). O transporte foi feito a pedido da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) e Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), parceiras do projeto.

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Além do apoio com a aquisição e o transporte de medicamentos e de materiais de limpeza para os povos indígenas, a iniciativa também tem dado apoio logístico transportando cilindros de oxigênio. Para além do Alto Rio Negro, o projeto irá apoiar com transporte áereo a região do Médio e Alto Solimões.

Avião do Greenpeace carrega 21 mil seringas para iniciar os trabalhos de vacinação e imunização em São Gabriel da Cachoeira, no Alto Rio Negro (Divulgação)

Segundo Marivelton Barroso, presidente da Foirn, a parceria com o Greenpeace tem ajudado a salvar várias vidas no Alto Rio Negro. Por conta da atual escassez de insumos que a região enfrenta como também pelo imenso desafio geográfico visto na região.

“O Alto Rio Negro compreende três municípios (São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos), 23 povos indígenas e 750 comunidades. Essa diversidade que há na região é também um desafio imenso por conta da logística. Trazer insumos, materiais de limpeza e cilindros reabastecidos em Manaus seria custoso e não teria tempo hábil para frear o avanço da pandemia na região. Tudo isso não seria possível sem a parceria do Greenpeace e dos demais parceiros que, em conjunto, têm salvado vidas. Ninguém faz nada sozinho”, disse Marivelton.

O projeto Asas da Emergência, criado em 2020 para apoiar os povos indígenas na primeira onda da Covid-19, uniu uma rede de organizações para disponibilizar recursos e a aeronave da organização para o transporte de suprimentos e de oxigênio para comunidades indígenas e para regiões remotas no Amazonas, que sofrem com a precariedade do serviço de saúde, de medicamentos e com a inexistência de leitos de UTI.

Para o porta-voz do projeto, Iran Magno, o sufocamento e a falta de oxigênio vividos por Manaus reforçam a necessidade de ação no enfrentamento à pandemia. Nesse contexto desolador em que o projeto é retomado, uma rede importante de apoio se faz novamente presente. A estrutura do Greenpeace segue mobilizada no apoio aos povos indígenas e populações vulneráveis no enfrentamento da Covid-19 na Amazônia.

“Começamos 2021 com um desafio importante a nossa frente. Mesmo que a aprovação recente e o início da vacinação nos tragam esperança, a pandemia infelizmente ainda é o nosso cotidiano e não podemos ficar parados enquanto pessoas morrem sufocadas sem oxigênio. Muita gente está se mobilizando para auxiliar a região norte do País. Nós do Greenpeace também entendemos que agora é hora de somar esforços e agir! Assim como fizemos em 2020, disponibilizamos novamente nossa estrutura para apoiar povos indígenas e populações vulneráveis no enfrentamento da Covid-19. Esperamos que essa rede de apoio e solidariedade cresça e juntos a gente possa mudar essa realidade”, afirmou Iran.

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