Grupo desvia R$ 1 milhão de Gabigol e Kannemann no AM e outros Estados


Por: Ana Pastana

24 de junho de 2025
Grupo desvia R$ 1 milhão de Gabigol e Kannemann no AM e outros Estados
O jogador de futebol Gabigol e Kannemann (Composição de Lucas Oliveira/Cenarium)

MANAUS (AM) – As Polícias Civis do Amazonas (AM), Rondônia (RO), Mato Grosso (MT) e Paraná (PR), com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, deflagraram na manhã desta terça-feira, 24, a “Operação Falso 9“, que investiga um grupo criminoso suspeito de fraude bancária envolvendo o uso indevido de nome de jogadores de futebol de times brasileiros como Gabriel Barbosa, o Gabigol, do Cruzeiro Esporte Clube, e o argentino Walter Kannemann, do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.

As investigações tiveram inicio em janeiro deste ano após o setor de prevenção à fraude de uma instituição financeira on-line identificar irregularidades em operações de portabilidade salarial de atletas.

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), os investigados abriam contas bancárias digitais com documentos falsos contendo dados pessoais dos jogadores de futebol. Ao passar do tempo, os suspeitos solicitavam a portabilidade do salário do titular dos dados para as contas falsas.

Assim que os valores eram disponibilizados, o grupo transferia o dinheiro para outras instituições financeiras, compravam produtos, contratavam serviços ou faziam saques em caixas eletrônicos para dificultar o rastreamento e a recuperação dos valores.

A delegada da Polícia Civil de Rondônia Simone Barbieri (Reprodução/PC-RO)

De acordo com as investigações, foram desviados mais de R$ 1 milhão e R$ 135 mil foram recuperados e bloqueados preventivamente. Os jogadores não tinham conhecimento do crime e as instituições financeiras devolveram os valores desviados às vítimas.

A operação foi deflagrada nas cidades de Lábrea (AM), Porto Velho (RO), Almirante Tamandará (PR), em Cuiabá (MT), Curitiba (PR). Ao todo, foram expedidos 33 mandados judiciais, sendo 22 de busca e apreensão domiciliar, nove de prisão preventiva e dois de prisão temporária. Dentre eles, estão pessoas jurídicas com sede em Cuiabá e Porto Velho, que não tiveram os nomes divulgados.

A Polícia Civil de Rondônia, em estreita colaboração com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, reafirma seu compromisso inabalável com a segurança da sociedade e o combate rigoroso a todas as formas de fraude digital”, disse a delegada Simone Barbieri.

Simone Barbieri coordenou as investigações por meio da PC-RO (Reprodução/PC-RO)

A Operação Falso 9 recebeu esse nome em alusão à posição tática do futebol que simboliza dissimulação e movimentação enganosa — uma analogia direta ao artifício utilizado pelos fraudadores que se fizeram passar por jogadores para aplicar o golpe.

Durante a operação foram apreendidos diversos celulares, drogas, arma de fogo, documentos e uma grande quantidade de dinheiro em espécie.

Material apreendido pela Polícia Civil de Rondônia durante busca e apreensão (Reprodução/PC-RO)

As diligências continuam para identificar todos os envolvidos na organização criminosa e rastrear o destino final dos recursos desviados.

Leia também: Manaus é alvo de operação nacional da PF contra abuso sexual de crianças
Editado por Adrisa De Goés

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