Grupo suspeito de assassinar Marielle é alvo de operação da Polícia Civil e do MP

Polícia Civil e Ministério Público cumprem quatro mandados de prisão e 20 de busca e apreensão (Divulgação)

Da Revista Cenarium

A Polícia Civil e o Ministério Público cumprem nesta terça-feira, 30, no Rio de Janeiro, quatro mandados de prisão e 20 de busca e apreensão contra homens apontados como sendo chefes do chamado “Escritório do Crime” — grupo formado por policiais, ex-policiais e milicianos, investigado por uma série de homicídios, entre eles o atentado contra a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. 

De acordo com o portal G1, os alvos são Anderson de Souza Oliveira, o Mugão; Leandro Gouveia da Silva, o Tonhão; Leonardo Gouveia da Silva, o Mad ou Paraíba; e João Luiz da Silva, o Gago. As investigações apontam que eles seriam pistoleiros da quadrilha e praticam execuções por encomenda há mais de 10 anos.

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Até as 7h desta terça-feira, conforme a publicação, um dos quatro alvos tinha sido preso: Leonardo Gouveia da Silva. Ele foi detido em casa, uma mansão em Vila Valqueire, na zona oeste do Rio

Marielle Franco (PSOL), eleita vereadora do Rio de Janeiro em 2016 com 46 mil votos, teve sua trajetória política interrompida no dia 14 de março de 2018.

A parlamentar foi atingida por quatro disparos na cabeça após participar de um evento no bairro da Lapa, no centro do Rio. Além de Marielle, o motorista Anderson Pedro Gomes também foi baleado e morreu. 

Dois suspeitos de serem os autores do ataque estão presos – o policial reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio de Queiroz, expulso da corporação por suspeita de corrupção e ligação com o tráfico. 

Uma testemunha, em 2018, havia apontado outra linha de investigação para o crime, que culminou na operação desta terça-feira. Essa pessoa contou à PF que o vereador carioca Marcello Moraes Siciliano (PHS) e o ex-policial militar Orlando de Oliveira de Araújo — o Orlando Curicica — queriam a morte de Marielle. Curicica está preso no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. 

Em depoimento prestado à PF e ao Ministério Público Federal (MPF), Curicica disse que participou de um encontro no Rio em que o “Escritório do Crime” discutiu o assassinato de Marielle. Ele também disse que agentes da DH da Capital recebiam propina para não investigar os homicídios cometidos por esse grupo criminoso.

(*) Com informações da Gaúchazh

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