No Amazonas, grupos de mensagens da extrema-direita são retirados do ar pelo WhatsApp
02 de novembro de 2022
A rede social comunicou a retirada das páginas do ar com uma mensagem aos integrantes dos grupos (Reprodução/WhatsApp)
Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium
MANAUS – Grupos de extrema-direita em aplicativos de mensagens do WhatsApp são retirados do ar pela plataforma. A CENARIUM tentou acessar alguns desses grupos, mas aparecia a mensagem “Este grupo não está mais disponível”. Nas conversas, os membros compartilhavam mensagens alegando fraudes nas eleições e pedindo a volta da ditadura militar.
No artigo 5°, inciso XLIV (44) da Constituição de 1988 diz que “constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático”. Nesta quarta-feira, 2, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), organizam atos antidemocráticos onde contestam o resultado das eleições. Entre as reivindicações dos manifestantes estão o pedido de novas eleições e intervenção militar.
Os atos desta quarta-feira têm o incentivo de Bolsonaro. No pronunciamento de terça-feira, 1°, o presidente criticou o processo eleitoral e disse que “manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas”. Ele apenas criticou os métodos usados por seus apoiadores no bloqueio de estradas pelo País.
Veja a imagem:
Aplicativo de mensagem retirou do ar os grupos (Reprodução/WhatsApp)
A REVISTA CENARIUM teve acesso a três grupos — “Vem pra rua Manaus“, “Parou Manaus” e “Exército nas ruas 2” — em um aplicativo de mensagem, nos quais os participantes se mobilizaram para participar da manifestação marcada para as 13h. A reportagem questionou a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (Immu) sobre o acompanhamento do ato, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.
Grupo de WhatsApp fora do ar (Reprodução/WhatsApp)
Motins
Na segunda-feira, 31, a REVISTA CENARIUM mostrou que, nos grupos, os membros compartilhavam mensagens alegando fraudes nas eleições e pedindo a volta da ditadura militar. “Precisamos marcar uma manifestação nacional urgente! Talvez os militares e até o JB [Jair Bolsonaro] estão esperando apenas um clamor popular convicto de suas petições, igual em 64! Comunismo não! Intervenção militar já! Para agirem!“, diz um dos membros do grupo “Vem Pra Rua Manaus”.
Manifestantes pedem volta da intervenção militar (Reprodução/WhatsApp)
No mesmo grupo, outro membro diz que as urnas foram fraudadas e se refere ao Poder Judiciário como “Justiça apodrecida“. “As urnas, como sempre, foram fraudadas. Não aceitem culparem o povo. Culpando o povo, damos legitimidade a essa apodrecida Justiça e às urnas. Vamos pra cima de quem realmente tem culpa, a Justiça brasileira”, alega o extremista.
Já no grupo “Exército Nas Ruas Manaus”, alguns membros incitam a usar a violência nas manifestações, mas outros pedem que os manifestantes ajam com pacifismo. “Forma pacífica não vai chamar a atenção dos militares”, responde uma pessoa.
Alguns manifestantes defendem o emprego da violência (Reprodução/WhatsApp)
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