Guardião da Amazônia, o tuxaua-geral dos Sateré-Mawé, Amado Menezes, morre de Covid-19

15 de outubro de 2020
Tuxaua Amado Filho não resistiu as complicações da Covid-19 (Imagem:Reprodução/Internet)
Tuxaua Amado Filho não resistiu as complicações da Covid-19 (Imagem:Reprodução/Internet)

Náferson Cruz – Da Revista Cenarium

MANAUS – Após sete dias da morte do tuxaua-chefe, Plácido Dias de Oliveira, de 80 anos, os Sateré-Mawé choram a perda de mais um líder. Desta vez, Amado Menezes Filho, 64 anos, tuxaua-geral da etnia nos rios Andirá (Barreirinha) e Marau (Maués) não resistiu às complicações provocadas pelo Coronavírus e faleceu no início da noite desta quinta-feira (15).

Amado Filho, conhecido como “Guardião da Amazônia”, lutava contra a Covid-19 desde o dia 23 de setembro, quando deu entrada no Hospital Jofre Cohen, no município de Parintins. O líder indígena lutava há mais de 50 anos nas causas indígenas no Brasil. Ele denunciava as perseguições e as constantes invasões de terras nas reservas indígenas por madeireiros e grileiros.

Antes de ser internado, o tuxaua Amado e mais outros denunciaram a falta de assistência na área indígena e a abertura de postos de entrada da reserva que estava facilitando a proliferação do Coronavírus.

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