Com informações do Estadão
RIO DE JANEIRO – Pouco depois que a Disney liberou o primeiro teaser do live action “A Pequena Sereia”, protagonizado por Halle Bailey, na última sexta-feira, 9, o vídeo no YouTube recebeu uma série de ataques racistas. Alguns fãs da animação foram contra a escolha porque Halle é negra e aparece com dreadlocks nos cabelos. Na produção original, a filha do Rei Tritão é branca.
“Eu pago para ver a proporção de desgostos nisso”, escreveu um internauta. “Não é uma questão de racismo, é uma questão dessa atriz não estar fisicamente ligada à personagem”, disse outro. “As crianças vão gritar e chorar quando verem o rosto dela na tela”, comentou outro. “Eu amei a Ariel dos desenhos animados e não é racismo, é assim que crescemos com esse personagem. É como colocar um Aladdin alemão”, justificou mais um internauta. “Que louco, sereia negra!”, emendou outro.
Em contrapartida, houve muitos elogios: “Estou tão feliz pelas crianças negras. Elas, finalmente, terão representatividade. E, a voz da Halle, é tão linda! Amei”. “Eu amo esse filme, mas, agora, vou amar mais”. “A voz dela é tão linda, encaixa perfeitamente no papel de uma sereia. Gostei da escolha!”.
Logo que foi confirmada como protagonista do live-action da Disney, Halle sofreu os primeiros ataques racistas. “Quero que a garotinha em mim e as garotinhas como eu, que estão assistindo, saibam que são especiais e que devem ser princesas em todos os sentidos. Não há nenhuma razão para que elas não devam ser. Essa garantia era algo que eu precisava”, disse a atriz à Variety, na época.
A intérprete de Ariel é a segunda protagonista negra de um filme do Walt Disney Pictures. Anika Noni Rose dublou a personagem Tiana em “A Princesa e o Sapo” (2009).
A adaptação em live action, que tem lançamento marcado para maio de 2023, começou a ser trabalhada ainda em 2015, com o anúncio da direção de Rob Marshall. Em formato musical, o filme terá Javier Bardem, Awkwafina, Jacob Tremblay, Daveed Diggs, Jonah Hauer-King e Melissa McCarthy no elenco.
A produção conta também com o compositor original Alan Menken, que volta a bordo ao lado de Lin-Manuel Miranda.