Helder Barbalho teme desabastecimento de oxigênio e pode decretar novas restrições no Pará

Governador do Pará enfatizou que tem buscado equilíbrio econômico no Estado.(Divulgação/Agência Pará)

João Paulo Guimarães – Da Revista Cenarium

BELÉM – Em meio à crise de oxigênio no Brasil e até mesmo em outros países, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), pode colocar em vigor decretos mais rígidos para conter aglomerações e novos casos de Covid-19 no Estado. As declarações surgem após o início do plano de vacinação na terça-feira, 19.

“Não devemos confundir início da vacinação com o encerramento da pandemia. Inclusive, nós deveremos, até o final desta semana, fazer um novo decreto com restrições de algumas atividades que possam diminuir a concentração de pessoas em atividades não essenciais. A aglomeração de pessoas em festas sem o uso da máscara tem sido constante”, disse.

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Na semana passada, flyers de festas circulavam livremente pela rede, convidando internautas para eventos onde a adoção dos protocolos sanitários ou de higienização são inexistentes. Uma festa ocorreu ao lado do Hospital da Ordem Terceira, no bairro da Campina, Zona Central de Belém, causando polêmica e revolta por ser o hospital de referência em atendimento aos pacientes com Covid-19.

Hélder Barbalho enfatizou que tem buscado o equilíbrio no Estado para que comércio, bares e restaurantes continuem abertos sem que uma segunda onda ameace a economia, mas vai estabelecer novas regras por meio de um decreto previsto para ser publicado na semana que vem.

Crise de oxigênio no Pará

Uma das promessas de Barbalho ressaltava que o abastecimento de oxigênio na capital e nos municípios paraenses não seria um problema. No entanto, o município de Faro (a 920 quilômetros de Belém), sofria com a falta do insumo hospitalar. Como resultado da falta de estrutura para atendimento, seis pacientes em tratamento da Covid-19 morreram.

Na coletiva de imprensa, ainda sem ter conhecimento da situação em Faro, Hélder Barbalho chegou a comentar que não era possível faltar oxigênio no Estado. “As prefeituras devem ter planejamento para garantir equipes médicas e suporte de insumos. O Governo do Estado está à disposição naquilo que nos cabe”, destacou.

A Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa) informou que duas empresas fornecem oxigênio para o Estado, White Martins e Air Liquide. A empresa White Martins produz atualmente 58 mil m3 por dia. A Sespa esclarece, ainda, que é responsabilidade das secretarias municipais de Saúde a manutenção de contratos e a aquisição do produto para abastecimento local.

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