‘Hoje, se inicia também nossa jornada por justiça’, diz esposa de Dom Phillips

Alessandra Sampaio e Dom Phillips (Arquivo Pessoal)
Com informações da Folha de S.Paulo

SÃO PAULO — A Polícia Federal (PF) disse na noite desta quarta-feira, 15, que um dos suspeitos investigados pelo desaparecimento do indigenista Bruno Pereira, 41, e do jornalista britânico Dom Phillips, 57, confirmou participação no assassinato deles.

De acordo com a PF, o pescador Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, indicou às autoridades onde havia enterrado os corpos, bem como ocultado a lancha em que viajavam Pereira e Phillips. Agora, a corporação aguardará os resultados de perícias para identificar se os restos humanos encontrados são deles.

Pereira e Phillips desapareceram em 5 de junho quando retornavam de barco ao município de Atalaia do Norte (AM). Trata-se do município mais próximo à terra indígena Vale do Javari.

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Foi nesse dia que a angústia de Alessandra Sampaio, esposa de Dom Phillips, começou.

m Phillips e Alessandra Sampaio
Alessandra Sampaio e Dom Phillips (Arquivo Pessoal)

Dois dias após o desaparecimento, ainda com esperanças, fez um apelo às autoridades brasileiras nas redes sociais, publicando um vídeo que foi republicado por colegas de Dom.

Alessandra pedia ao governo federal e aos órgãos competentes que intensificassem as buscas: “A gente ainda tem esperança de encontrar eles”, afirmou.

Já em entrevista à GloboNews, a mulher do jornalista desabafou: “Não queria que eles sofressem”.

Quando o desaparecimento completou uma semana, Alessandra disse ao Fantástico, já sem esperanças: “Já estou seca, não tenho mais como chorar”.

Nessa quarta-feira, 15, após a Polícia Federal confirmar que restos mortais haviam sido encontrados na Amazônia, Alessandra escreveu:

Embora ainda estejamos aguardando as confirmações definitivas, este desfecho trágico põe um fim à angústia de não saber o paradeiro de Dom e Bruno. Agora, podemos levá-los para casa e nos despedir com amor.

Hoje, se inicia também nossa jornada em busca por justiça. Espero que as investigações esgotem todas as possibilidades e tragam respostas definitivas, com todos os desdobramentos pertinentes, o mais rapidamente possível.

Agradeço o empenho de todos que se envolveram diretamente nas buscas, especialmente os indígenas e a Univaja. Agradeço também a todos aqueles que se mobilizaram mundo afora para cobrar respostas rápidas.

Só teremos paz quando as medidas necessárias forem tomadas para que tragédias como esta não se repitam jamais. Presto minha absoluta solidariedade com a Beatriz e toda a família do Bruno.

Abraços,

Alessandra Sampaio
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