Homem é condenado a 108 anos de prisão por envenenar crianças no Pará

Com informações da assessoria

BELÉM (PA) – A Justiça do município de Paragominas (distante 307 quilômetros de Belém) condenou um homem de 48 anos a 108 anos de prisão por envenenar sete crianças, todas da mesma família, após oferecer pão e manteiga cobertos com chumbinho. Entre as vítimas, a menina Carolina dos Santos Rosário, de cinco anos, que morreu após ingerir o alimento.

Na época em que o crime ocorreu, em julho de 2018, o acusado chegou a fugir para zona rural do município, mas foi preso pela Polícia Militar (PM) e confessou o envenamento por não aceitar o fim do relacionamento com a ex-namorada.

O julgamento foi realizado pelo Tribunal do Júri, presidido pelo juiz de Direito David Guilherme de Paiva Albano. O homem foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e com emprego de veneno, pela criança que veio a óbito, e por tentativa de homicídio com as mesmas qualificadoras para as demais vítimas que sobreviveram. Destaca-se que há excessivo grau de culpabilidade, tendo em vista a premeditação e malícia com que o réu agiu. O motivo e as circunstâncias do crime também são agravantes, pois o autor do crime tinha relação familiar e de confiança com as vítimas. Além disso, o envenenamento e o fato de ser um crime contra crianças também são sérios agravantes. 

A pena total foi definida em 108 anos e oito meses de reclusão. O réu deverá iniciar o cumprimento da pena em regime fechado, considerando a quantidade de pena aplicada e, dada a conjuntura atual, ser nocivo à sociedade, merecendo uma reprimenda maior e uma resposta eficiente do Poder Judiciário. O juiz também manteve a prisão preventiva e negou o direito de recorrer em liberdade. 

O julgamento contou com representantes do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), os promotores de Justiça Alan Johnes Lira Feitosa e Aline Neiva Alves da Silva.

Crime

De acordo com informações da assessoria de comunicação do MPPA, o homem preparou pães com manteiga e veneno para oferecer às crianças. Todas as sete vítimas eram da mesma família e tinham parentesco com a ex-companheira do réu. Ele cometeu o crime por não aceitar o fim do relacionamento.