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HQ amazonense ‘A Última Flecha’ concorre a prêmio nacional de literatura
Cena de HQs do Amazonas ganha reforço com indicação nacional da obra. (Leonardo Leão/Manauscult)
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16 de agosto de 2020
Mencius Melo – da Revista Cenarium
MANAUS – A Graphic Novel “A Última Flecha” escrita pelo jornalista e roteirista Emerson Medina e com arte finalizada pelo ilustrador parintinense Romahs Mascarenhas é semifinalista do III Prêmio da Associação Brasileira de Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror (ABERST).
A publicação é um dos três trabalhos da Editora Monomito, que foram selecionados pela curadoria da ABERST.
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Com design de ambientes de Jahn Cardoso e diagramação de Gláucio Silva, a HQ é uma história de vingança através dos tempos, que tem como ponto de partida, o extermínio de um povo indígena por invasores europeus.
“A obra tem princípio na questão indígena, onde o personagem é um índio que vive o drama de ver seu povo exterminado por piratas”, detalhou Medina.
Como a trama de desenrola ao longo do tempo, o roteirista despista sobre como essa “passagem” acontece. “O personagem central encarna o misticismo indígena e essa fantasia é o fio condutor que justifica a passagem do tempo dentro da trama, o resto não posso revelar que é para não dar spoiler”, desconversou.
Infeliz coincidência
Emerson ainda diz que o roteiro de “A última Flecha” era na verdade uma produção voltada para outro contexto. “Escrevi em 2011 para uma produção de audiovisual, mas como não rolou, decidi junto com o Romahs, transformá-la em uma Graphic Novel”, recordou.
Para Emerson, a questão contextualizada na obra está em sintonia com o dramático momento por qual passa o país. “Como eu disse, escrevi o texto em 2011, sendo uma infeliz coincidência ele estar em sintonia com a realidade indígena atual do Brasil, com as mortes de lideranças indígenas seja por atentados ou pela disseminação da Covid -19”, lamentou.
Questionado se já existe um novo roteiro para um futuro lançamento, Emerson Medina preferiu contemporizar. “Não, não tenho nada planejado, o que estou fazendo é apoiar e apostar na cena HQ amazonense que está se mostrando muito produtiva e em franco crescimento”, finalizou.
Monomito
Segundo a jornalista Adriana Chaves, é a segunda vez que a Monomito participa do prêmio. “Ano passado ganhamos na categoria projeto gráfico com a participação de duas obras, esse ano íamos concorrer em oito categorias, mas aí veio a Covid-19 e nos impediu de lançarmos mais material”, pontuou.
Sócia do empreendimento que está há três anos no mercado editorial, Adriana se diz feliz pelo resultado. “É muito bom ver o trabalho reconhecido; a Monomito zela pela qualidade gráfica, pela qualidade da narrativa, pela produção editorial inteira. Esse tem sido nosso diferencial em um mercado altamente competitivo”, destacou.
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