Incêndio e símbolo nazista: centro do MST é atacado por grupo de extrema-direita
14 de novembro de 2022

Alita Falcão – Da Revista Cenarium (*)
MANAUS — Após ataque de um grupo de extrema-direita ao Centro de Formação Paulo Freire, localizado no assentamento Normandia, em Caruaru, Pernambuco, no sábado, 12, o Movimento Sem Terra (MST) divulgou uma nota em sua página oficial na internet lamentando o ocorrido e criticando a intolerância política.
Segundo informações, quatro pessoas com camisas amarelas aproveitaram uma festa de vaquejada realizada nas proximidades do assentamento para invadir o centro. Vários espaços coletivos foram pichados com o símbolo da suástica nazista e o nome “mito”.

Além disso, os invasores arrombaram e incendiaram a casa da coordenadora do centro. Com o fogo, a militância que mantém o espaço foi alertada e conseguiu apagar o incêndio. A casa foi parcialmente queimada, principalmente as camas, telhados e os pertences.
“Não é a primeira vez que o Centro de Formação Paulo Freire é atacado. Em 2019, no primeiro ano do governo de Bolsonaro, moveram uma ação de despejo contra nosso espaço, que foi felizmente barrado por uma extensa rede de solidariedade vinda do Brasil e de outros lugares do mundo. Desde então o processo ficou parado, aguardando procedimento do Incra que, em função da pandemia, ainda não foram realizadas. Esperamos resolver de forma definitivamente, tão logo o novo governo federal tome posse“, traz parte da nota assinada pela direção do MST-PE.

“Felizmente, desta vez, ninguém se feriu, os danos materiais a gente resolve, mas fica mais uma vez a lição, de que não podemos “baixar a guarda”. Temos que manter a alerta para proteger nossas estruturas e garantir a posse de Lula no primeiro de janeiro. Até lá, alerta máxima. Cuidar e proteger nossas estruturas e nossas lideranças, contra a ira do ódio e do preconceito e da intolerância, dos grupos fascistas“, finaliza o documento.
(*) Com informações do MST