Incêndio no Pantanal ameaça projeto social para crianças ribeirinhas

Incêndio atinge casas de ribeirinhos em Corumbá (MS), à beira do rio Paraguai, no Pantanal (Arquivo Pessoal)

Com informações Folhapress

MANAUS – Um incêndio de grandes proporções em Corumbá (MS), no Pantanal, se aproximou da Escola Rural de Ensino Fundamental Jatobazinho, iniciativa criada em 2008 que atende 60 filhos de ribeirinhos do Rio Paraguai e está localizada a 90 km da cidade.

Descontrolado, o fogo na região já dura ao menos duas semanas e cercou as instalações da escola nessa terça-feira, 21. Praticamente toda a mata do entorno já foi destruída, segundo a administração. O fogo já atingiu também uma casa de ribeirinho.

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O Corpo de Bombeiros enviou, nesta quarta-feira, 22, cem homens para reforçar os combates na região, segundo Márcio Yule, coordenador em Mato Grosso do Sul do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Ibama.

Com o reforço, o Prevfogo vai deslocar o efetivo de 14 brigadistas que estão no local para combater o fogo na margem oposta do Rio Paraguai. O objetivo é evitar que esse incêndio chegue até a vizinha Serra do Amolar, uma das regiões mais preservadas do Pantanal e que já sofreu com a queimada recorde de 2020.

Além dos bombeiros e do Ibama, as chamas, que arrefeceram no final da tarde, vêm sendo combatidas por brigadistas do Instituto do Homem Pantaneiro (IHP) e por ribeirinhos e funcionários da escola, que foram capacitados no ano passado e equipados pela ONG Ecoa.

Mantida pelo Instituto Acaia, a escola Jatobazinho funciona em regime de alternância: as crianças chegam de barco de suas casas, ficam na instituição de segunda a sábado, passam o fim de semana com a família e retornam no início da semana. Tudo é feito de forma gratuita.

Fumaça de incêndio que atinge Corumbá (MS), no Pantanal – (Arquivo Pessoal)

O Pantanal enfrenta o terceiro ano seguido de seca, agravada por fortes geadas. Várias regiões já sofreram com grandes incêndios, como o município de Porto Murtinho e a terra indígena Kadiweu, ambos em Mato Grosso do Sul.

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