Índia supera 100 mil casos diários de Covid-19

Meninas usam lenços como máscaras de proteção contra a Covid-19, na Índia (Reprodução/Internet)

Com informações da Folha de S. Paulo

NOVA DÉLHI – A Índia relatou um aumento recorde de infecções de Covid-19 nesta segunda-feira, 5, tornando-se o segundo país, depois dos Estados Unidos, a registrar mais de 100 mil casos em um dia. Foram 103.558 novas contaminações nesse domingo, 4, de acordo com a Universidade John Hopkins.

Os hospitais de Maharashtra, a região indiana mais afetada pela pandemia, estão ficando sobrecarregados de pacientes. O Estado mais rico da Índia, sede de sua capital comercial, Mumbai, e de numerosas indústrias, relatou, sozinho, um recorde de 57.074 novas infecções.

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As contaminações diárias do país aumentaram cerca de 12 vezes desde que atingiram uma grande baixa em fevereiro, quando as autoridades amenizaram a maioria das restrições, e as pessoas praticamente pararam de usar máscaras e obedecer o distanciamento social.

Banhistas na praia de Juhu, em Mumbai, em meio à pandemia de coronavírus (Reprodução/Folha de S. Paulo)

Com as infecções registradas no domingo, a Índia acumula 12,58 milhões de casos, a cifra mais alta depois das de EUA e Brasil, como mostram dados do Ministério da Saúde.

O último número de óbitos foi de 478, o que mantém o país entre as menores taxas de letalidade do mundo, com 119 mortes por 1 milhão de habitantes. O Brasil, cuja maior cifra de casos em um único dia foi de 97.586 em 25 de março – segundo o consórcio de veículos de imprensa -, tem 1.551/1 milhão.

De acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, o país já superou os 100 mil casos diários (100.158, no mesmo dia 25 de março). A diferença se dá porque a aferição da pasta é encerrada mais cedo do que a do consórcio, possibilitando acúmulo de dois dias no caso de estados que registram seus dados mais tarde.

Na semana passada, a Índia, que soma ao todo 165.101 mortos, teve o maior número de casos do mundo.

Culpa das variantes

Variantes mais infecciosas do vírus podem ter desempenhado um papel na segunda disparada, dizem epidemiologistas. “A nova variante, ou variantes, provavelmente explica muito disto, em vez de uma explicação simplista de comportamento”, diz Rajib Dasgupta, chefe do Centro de Medicina Social e Saúde Comunitária da Universidade Jawaharlal Nehru de Nova Déli. A Índia encontrou centenas de casos de variantes detectadas pela primeira vez no Reino Unido, na África do Sul e no Brasil.

Maior fabricante mundial de vacinas, o país aplicou 77 milhões de doses desde o início de sua campanha, em meados de janeiro, o terceiro maior número absoluto do mundo, depois dos EUA e da China.

As vacinações per capita da Índia, no entanto, são mais baixas do que em muitos outros países, incluindo a China — mais populosa —, que começou a aplicar vacinas em seus cidadãos muito antes. No momento, a Índia vacina apenas pessoas com mais de 45 anos, tendo coberto os trabalhadores da saúde e da linha de frente primeiro com a vacina da AstraZeneca e outra desenvolvida localmente com o apoio do governo.

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