Indígena e ativista ambiental de Manaus, Tainara Kambeba participa da COP27 no Egito
09 de novembro de 2022
Tainara é ativista e líder indígena jovem do Amazonas (Reprodução/Redes Sociais)
Ívina Garcia – Da Revista Cenarium
MANAUS – Tainara da Costa Cruz, 18 anos, do povo Kambeba, é uma das convidadas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para participar do painel sobre mudanças climáticas durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP27).
A jovem indígena faz parte da Comunidade Três Unidos, localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro, distante 1h30 de lancha de Manaus. A etnia Kambeba é originária das fronteiras do Brasil com os países andinos.
Tainara é ativista e líder indígena jovem do Amazonas (Reprodução/Redes Sociais)
Tainara integra um grupo que conta com mais dois brasileiros, Maria Eduarda Silva, 19 anos, de Bonito, em Pernambuco; e Victor Medeiros, de 18 anos, do litoral sul de São Paulo, que se unem a outros 40 jovens de coletivos e organizações sociais que vão representar a adolescência e a juventude brasileira na conferência.
“Se nós não lutarmos pela justiça climática, a gente vai cada vez mais ser afetado com isso. Então, a mudança começa a partir de nós. Os nossos avós não tinham internet e eles já lutavam por isso. É uma fala de uma jovem indígena que mora na aldeia. Eu acho que vou representar muito bem o Brasil, o meu povo e o Amazonas. Esse é o meu papel enquanto liderança”, afirma Tainara.
Confira a fala da Tainara da Costa Cruz, 18, jovem liderança indígena na mesa de juventudes da #COP27. pic.twitter.com/Asq5eIR2t0
O Unicef apresentou um relatório na manhã desta quarta-feira, 9, alertando que crianças e adolescentes são os que mais sofrem com as mudanças climáticas e devem ser tratados como prioridade pelos líderes mundiais.
Aproximadamente 40 milhões de crianças e adolescentes são impactados no Brasil devido às mudanças climáticas (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)
As mudanças nos padrões de chuva e temperatura aumentam o risco de doenças, como malária e dengue, comprometendo a saúde das crianças. Além disso, a desinformação sobre as vacinas tem resultado no retorno de doenças já erradicadas no Brasil.
O relatório também aponta que os índices de violência sexual contra as meninas são maiores em áreas de degradação ambiental. Danilo Moura, membro do monitoramento e avaliação do Unicef no Brasil, também alerta para as ameaças por desastres ambientais.
“Os governos precisam garantir que os serviços voltados a esse público continuem funcionando mesmo com a pressão de dificuldades criadas pela questão climática“, diz o oficial de monitoramento.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.