Indígenas Arara reafirmam compromisso com Justiça socioambiental no Pará

Indígenas Arara participam de reunião no MPF, em Brasília (Divulgação/MPF)
Cassandra Castro – Da Cenarium

BRASÍLIA – A comitiva de representantes do povo Arara da Terra Indígena Cachoeira Seca, no Pará, participou de intensa agenda articulada na Campanha Guardiões do Iriri. A iniciativa pretende sensibilizar a sociedade em geral, autoridades, além de instituições e governos para a situação enfrentada pelos indígenas Arara, que lutam para que o território deles seja integralmente respeitado.

Além de reuniões na Fundação Nacional do Índio (Funai) e no Ministério Público Federal (MPF), os indígenas tiveram encontros com representantes de outras etnias que também estão em Brasília, como as lideranças do povo Tapayuna e dos xinguanos.

Os Arara também se reuniram com um dos nomes mais importantes do ativismo social e da questão indígena, Sydney Possuelo. O diretor do Instituto Maíra, Daniel Lopes Faggiano, que também participou da série de reuniões, conta que os integrantes da comitiva puderam trocar experiências e conhecimento com o renomado indigenista.

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Compromisso

Os indígenas Arara também começaram a construir um grande compromisso global junto às embaixadas do Canadá, Noruega, Austrália, Bélgica, Alemanha, Rússia e Japão para que a preservação da TI Cachoeira Seca seja um dever de todos.

Os Arara da TI Cachoeira Seca são em 120 pessoas e a terra onde vivem está localizada à margem direita do Rio Iriri, no Oeste do Pará. O primeiro contato com os Arara foi em 1987. Ano após ano, esse povo vem perdendo área territorial devido a ações de grileiros, madeireiros, grandes fazendeiros e outros invasores.  A terra dos Arara também sofreu grande impacto com as construções da Rodovia Transamazônia e da usina hidrelétrica de Belo Monte. Parte dessa história está no dossiê da Campanha “Guardiões do Iriri”.

No dia 7 de setembro, mulheres Arara irão participar da  2ª Marcha Nacional das Mulheres Indígenas, realizada pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga). Elas se juntam às cerca de 4 mil mulheres, representantes de mais de 150 povos que estarão em Brasília, de 7 a 11 de setembro.

Leia o manifesto

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