Indígenas fecham via após homens armados atingirem mulher


Por: Izaías Godinho*

26 de março de 2025
Indígenas fecham via após homens armados atingirem mulher

MANAUS (AM) – Uma mulher identificada como Amanda Santiago, de 19 anos, foi baleada nesta quarta-feira, 26, durante um conflito que ocorreu em meio a protestos nas proximidades da comunidade indígena Kadosh Tupã, localizada no bairro Tarumã-Açu, na Zona Oeste de Manaus.

A informação apurada pela reportagem sobre a situação da mulher baleada é que homens encapuzados estão impedindo os moradores da comunidade de entrarem nos espaços ocupados e que eles estão armados. Em resposta à violência, os moradores fecharam a via e atearam fogo em pneus.

Imagens registradas por populares mostram a vítima, que vestia uma camisa roxa e um short jeans, com a perna esquerda ensanguentada. De acordo com um morador, a mulher foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Campos Salles, Zona Oeste de Manaus, onde está acompanhada por um familiar e recebendo atendimento médico.

Após a violência, os manifestantes fecharam a via e atearam fogo em pneus (Créditos: Jadson Lima/CENARIUM)

Populares que conversaram com a CENARIUM fizeram apelo aos policiais da Companhia Interativa Comunitária (Cicom), que atenderam a ocorrência. “Tem que entrar lá e fazer revista. Eles só vão sossegar com isso”, disse o morador.

Um dos policiais respondeu que aguarda apoio de outras tropas da Polícia Militar para realizar a intervenção, como as Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam). “Tá vindo a Rocam, comando. Essa é uma situação de ‘distúrbio’. É uma situação para a Rocam e para o Choque. Eu não posso colocar a minha vida em risco porque eu não sei quantos têm lá”, afirmou o policial.

Mais cedo, indígenas denunciaram à CENARIUM violência praticada por agentes da Guarda Municipal durante uma ação realizada sob a coordenação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmas), contra um suposto crime ambiental. Apesar de afirmarem que os responsáveis por balearem a vítima não são agentes da Guarda Municipal, indígenas relatam que sofreram agressão durante as ações do órgão.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar e questionou sobre o reforço solicitado pelos policiais da Cicom e aguarda o posicionamento do órgão.

Leia mais: Protesto indígena no Pará tem diálogo direto com Sonia Guajajara
(*) Colaborou Jadson Lima

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