Indígenas promovem turismo com belezas naturais do Rio Sacre em Mato Grosso


27 de abril de 2024
Indígenas promovem turismo com belezas naturais do Rio Sacre em Mato Grosso
Turismo em aldeia indígena de MT (Marcos Vergueiro/Secom-MT)
Davi Vittorazzi – Da Revista Cenarium

CUIABÁ (MT) – Um verdadeiro paraíso na terra pode ser visitado por turistas em uma aldeia indígena localizada em Mato Grosso. Especificamente na Aldeia Rio Sacre, o local tem cachoeiras e águas cristalinas que deixam os visitantes encantados.

A aldeia fica entre os municípios de Campo Novo do Parecis e Sapezal. A região tem uma cachoeira com uma deslumbrante queda d’água de 5,6 metros, que se junta às águas verde-esmeralda do rio.

Aberta aos não indígenas desde 2019, o projeto de promover o turismo na comunidade é de Ivo André Zokenazokemae, de 46 anos, indígena da etnia Paresi Haliti. Ele abandonou a profissão de enfermeiro para se dedicar ao turismo local.

Por meio das visitas, ele conta que os turistas conhecem, além das belezas naturais, a cultura indígena. “É um meio da gente abrir as portas e de estar rompendo os paradigmas”, diz à REVISTA CENARIUM.

Aldeia Rio Sacre está em duas cidades em Mato Grosso (Divulgação)

Após ser aberta, em pouco tempo entusiastas aventureiros que gostam de explorar as maravilhas naturais começaram a frequentar o Rio Sacre e admirar a grandiosidade da cachoeira Salto da Mulher.

Para entrar no balneário é preciso pagar uma taxa de day-use, ao custo de R$ 35 por pessoa. No local é oferecido comida, bebida, além do aluguel de quiosques (custos à parte). O local é aberto durante a semana e os finais de semana, mas este último é mais comum para receber os visitantes.

O trabalho para cuidar do espaço é compartilhado entre as famílias que vivem na aldeia. Cada família é responsável por uma área, que também tem diferentes entradas. As tarefas divididas são de limpeza e manutenção do local.

Turistas podem praticar esportes radicas e conhecer cultura indígena na aldeia (Divulgação)

Ivo também descreve que o projeto é importante não apenas pela economia, mas por mostra a realidade dos indígenas que vivem hoje. “Nós mostrarmos para muitas pessoas quem somos, de fato, o indígena contemporâneo do século XXI, da era digital e do mundo globalizado. Então, da nossa parte, não é novidade nenhuma [saber como vivem]. Muitas pessoas começaram a frequentar os nossos pontos turísticos, nossos atrativos, e começaram a entender que não é nada daquilo que foi comentado ou foi repassado por outras pessoas”, descreve.

Ele explica ainda que através do etnoturismo, é possível fazer um convívio social dos visitantes. “Além do momento de lazer, de descontração, também desenvolvemos atividades de convivência, em que as pessoas também possam ter a oportunidade de conhecer a cultura indígena e o turismo local”, completa Ivo.

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Editado por Adrisa De Góes

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