Influenciador nega acusações de abuso sexual contra governador do Acre e diz que foi hackeado


21 de agosto de 2024
Marcelo Bambi e Gladson Cameli (Composição de Weslley Santos/CENARIUM)
Marcelo Bambi e Gladson Cameli (Composição de Weslley Santos/CENARIUM)

Carol Veras – Da Cenarium

MANAUS (AM) – Após acusar o governador do AcreGladson Cameli (PP), de abuso sexual, o ex-marido da personalidade da internet Nicole Bahls, Marcelo Bimbi, disse, no início da tarde desta quarta-feira, 21, que foi vítima de um ataque de hackers. Na noite dessa terça-feira, 20, a conta oficial do influenciador digital publicou uma série de acusações contra o mandatário acreano e apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Venho publicamente prestar minha irrestrita solidariedade ao governador Gladson Cameli em razão dos ataques absurdamente atribuídos a mim em minha conta pessoal do Instagram. Quero esclarecer que fui alvo de um ataque hacker por alguém que desconheço contra quem estou prestando queixa”, escreveu Bimbi.

Nota publicada por Marcelo Bimbi nas redes sociais na tarde desta quarta-feira, 21 (Reprodução/Redes Sociais)

O influenciador disse, ainda, que ele e Cameli são “amigos de longa data”. “Sou grato [ao governador] por ter me estendido a mão em momentos difíceis da minha vida, pessoal e profissional, não merecendo tamanho desrespeito e citações caluniosas”, ressaltou.

Acusações

Em uma série de stories publicados no Instagram, o perfil oficial de Marcelo Bimbi acusou Gladson Cameli de abuso sexual e ameaças de morte, além de chamá-lo de “gayvernador”. “O senhor comia o vulgo roxin. Uma vez o senhor me levou pro seu apartamento em Brasília e me abusou. Eu vou provar”, dizia a postagem.

Em outra publicação, foram relatadas supostas ameaças da equipe do mandatário acreano. “Senhor Gladson, você me usou como uma mulher. Teus amigos, inclusive um me ofereceu 13 mil reais pra matar a irmã dele. Ou o senhor manda me matar ou vou resolver”, disse em um story.

Veja publicações:

Defesa

O governador do Acre, Gladson Cameli (PP), respondeu às acusações com uma nota nas redes sociais. No pronunciamento, o aliado de Jair Bolsonaro (PL) alega que “preza pelo direito de todo cidadão expressar seus questionamentos à sua gestão no governo do Acre“, mas alerta que as acusações são “ataques à sua honra”.

“Cada acusação à sua honra, acusações infundadas de suposta perseguição ou ilação sobre fatos desta natureza, serão respondidas no âmbito jurídico específico, com instauração de inquérito policial para a devida investigação, além das ações criminais e cíveis no âmbito da justiça estadual”, informa a assessoria do gestor.

Bolsonarismo

Em 2022, o político foi um dois apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição. Em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada em 7 de outubro em 2022, o governante declarou: “com meu eleitor no Acre, eu teria um prejuízo muito grande se não o apoiasse”.

Eleito pela primeira vez em 2018, Cameli diz ser a favor tanto da preservação do meio ambiente quanto do agronegócio. “Acredito no agronegócio com sustentabilidade, sem precisar estar reprimindo”, afirmou à Folha, na ocasião.

Gladson Cameli e Jair Bolsonaro (Reprodução/Redes Sociais)

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área desmatada no Estado dobrou entre 2018 e 2022, passando de 444 quilômetros quadrados para 871, afetando o clima e a vazão dos principais rios. Além disso, cerca de um terço das terras indígenas da região aguardam regularização e são alvo de incursões de madeireiros, segundo o Conselho Pró-Índio do Acre.

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Editado por Adrisa De Góes
Revisado por Gustavo Gilona

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