Influenciadores presos por venda ilegal de rifas têm liberdade concedida no Amazonas
18 de dezembro de 2023

Adrisa De Góes – Da Revista Cenarium Amazônia
MANAUS (AM) – Os influenciadores digitais João Lucas da Silva Alves, conhecido como “Lucas Picolé”, e Enzo Felipe da Silva Oliveira, o “Mano Queixo”, presos na Operação Dracma, que investiga a venda ilegal de rifas, tiveram a liberdade concedida pela Justiça do Amazonas nesta segunda-feira, 18, e a qualquer momento devem deixar o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) em Manaus.
A informação foi divulgada pelo advogado criminalista Vilson Benayon. De acordo com o defensor da dupla, “Picolé” vai cumprir pena de 40 meses em regime semiaberto e vai ter que pagar multa, durante o mesmo período, de aproximadamente R$ 400. Além de responder pela comercialização dos bilhetes premiados, o influenciador também responde pelo crime de tráfico de drogas.
“Foi estabelecido pela Justiça que ‘Lucas Picolé’ cumprirá pena de três anos e quatro meses, por tráfico de drogas, inicialmente em regime semiaberto, além de pagar multa referente a um trigésimo do salário mínimo neste período”, explicou Benayon. O réu também vai prestar serviços comunitários a entidades públicas.

No dia em que os influenciadores foram presos pela Polícia Civil do Amazonas (PCAM), no último dia 5 de julho, além do material que comprovava o envolvimento com venda ilegal de rifas, também foram encontradas 170 unidades da droga sintética LSD, que estavam no interior de uma BMW.
O advogado da dupla afirma que “Lucas Picolé” teve conhecimento da apreensão dos entorpecentes somente após a prisão. “Uma quantidade pequena [de drogas] no carro de “Lucas Picolé”, da qual ele só soube que tinha quando estava na delegacia”, disse Benayon, que pretende recorrer da decisão. “Acreditamos na inocência de ‘Lucas Picolé'”, finalizou.
Para a determinação do alvará de soltura de Lucas, foi levado em consideração na aplicação das penas o fato dele ser réu primário e ter bons antecedentes. Já “Mano Queixo” foi absolvido de todas as acusações do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM).