Instituto Albert Einstein informa que teste da fase três da Coxavin deve começar em março


03 de fevereiro de 2021
Instituto Albert Einstein informa que teste da fase três da Coxavin deve começar em março
Os testes devem começar em março e dura de 45 a 90 dias. (Amit Dave)

Com informações do G1

SÃO PAULO – O Instituto Albert Einstein, vinculado ao hospital, anunciou nesta quarta-feira, 3, um acordo para realizar, em São Paulo, estudos de fase 3 da vacina Covaxin, desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech.

Segundo o Instituto Israelita Albert Einstein de Ensino e Pesquisa, os testes devem começar em março e dura de 45 a 90 dias. A vacina deve ser aplicada em duas doses, com intervalo de 28 dias entre elas.

A Covaxin é uma vacina contra Covid-19 desenvolvida a partir de vírus inativados que está na fase 3 de testes na Índia, etapa em que a eficácia é verificada. Os primeiros estudos clínicos mostraram que o imunizante não gera efeitos colaterais graves e produz anticorpos para a Covid-19. De acordo com a agência Reuters, o país aprovou o uso emergencial da vacina em meio a críticas sobre a falta de informações sobre sua eficácia.

O governo federal já manifestou interesse na compra de doses do imunizante. Nesta quarta-feira o Ministério da Saúde anunciou que vai se reunir com representantes do laboratório indiano Bharat Biotech, que desenvolve a Covaxin, junto com porta-vozes do instituto russo Gamaleya, fabricante da vacina Sputnik V. O objetivo da reunião, segundo a pasta, é negociar a compra de mais 30 milhões de doses de vacinas.

Em janeiro, laboratórios particulares também anunciaram negociação com o laboratório Bharat Biotech para adquirir cerca de 5 milhões de doses para a rede privada.

A realização de estudos de fase 3 no Brasil era uma exigência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aprovação de uso emergencial de qualquer vacina contra a Covid-19. No entanto, a agência retirou essa condição nesta quarta-feira.

A direção do Einstein não informou quando o pedido para o uso emergencial da Covaxin será feito.

Apesar disso, o responsável pela pesquisa, diretor de pesquisa do Instituto Israelita Albert Einstein de Ensino e Pesquisa, disse que a mudança nas regras da Anvisa não altera o início dos testes.

“Nós temos conhecimento da retirada da exigência, mas não afeta em nada o cronograma. Nós achamos que é importante que as vacinas sejam testadas no Brasil, independente da Anvisa estar abrindo essa possibilidade”, explicou Luiz Vicente Rizzo, diretor no Einstein.

Para Rizzo, a realização dos testes no Brasil também aumenta o portfólio de pesquisa clínica no país e traz vantagens para os participantes do estudo.

“Você amplia o portfólio, você aumenta a pesquisa clínica no Brasil e você tem a vantagem dos pacientes que participam, porque os participantes da pesquisa recebem imediatamente a vacina. Então, você também ajuda a diminuir o custo genérico para o país e vacina mais rapidamente as pessoas”, explicou o responsável pelo estudo.

O diretor do Einstein diz não saber quando o pedido para o uso emergencial será feito, mas afirmou que é preciso aguardar a publicação das novas normas da Anvisa, anunciadas nesta quarta, para decidir se o pedido será feito após a finalização dos testes ou não.

“Não sei como isso vai acontecer. Nosso negócio aqui é fazer a pesquisa, e entregar um dado confiável”, disse o diretor.

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