Integrantes da CPI da Pandemia avaliam rescindir contrato de laboratório indiano com a empresa Precisa

Parlamentares comemoraram a rescisão do contrato (Divulgação)

Cassandra Castro – Da Cenarium

BRASÍLIA (DF) – O anúncio da rescisão de contrato entre o laboratório indiano Bharat Biotech com a empresa Precisa Medicamentos foi recebido com entusiasmo por membros da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as ações de combate à pandemia no Brasil. O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse que, agora, “esta empresa (Precisa) não terá mais nenhuma oportunidade de fazer negociação em nenhum lugar do Brasil”.

Para ele, a decisão tomada pelo laboratório indiano ocorre como desdobramento dos trabalhos da comissão. “Isso é graças à CPI porque, se não, os brasileiros estariam comendo gato por lebre neste momento em relação à vacina”, enfatizou Omar.

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A senadora Simone Tebet (MDB-MS) também acredita que a notícia representa uma vitória da CPI da Pandemia que “lançou luz sobre negociações para obtenção de vacinas antiCovid”. Pelo Twitter, a parlamentar assegurou que a CPI está no “caminho certo” e que a “Comissão não vai dar em pizza porque já está dando resultado. Um deles é o cancelamento do contrato”, declarou a parlamentar.

O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), usou as redes sociais para comentar a decisão tomada pelo laboratório indiano: “Comprovamos, por meio da CPI, inúmeras irregularidades e, mesmo assim, o governo não rompeu o contrato intermediado pela Precisa. A Bharat então desfez o negócio superfaturado”.

Denúncias rondam contrato de compra da vacina Covaxin

O anúncio feito pelo laboratório indiano é mais um capítulo do enredo em torno do combate à Covid-19 no Brasil, principal objeto das investigações da CPI da pandemia. O grupo de senadores apura a negociação no valor de US$ 1,6 bilhão referente à compra de 20 milhões de doses da vacina indiana. Além do valor elevado do imunizante, há suspeitas sobre termos e pagamento de seguro e frete e de falsificação de documentos. Segundo informações do jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil, o Ministério da Saúde decidiu nessa sexta-feira (23) rescindir o contrato com a Precisa Medicamentos. A medida deve ser oficializada no domingo (25).

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