Intervenção urbana: movimento revitaliza espaços públicos e facilita o acesso à arte

Imagem mostra desenho artístico em área urbana (Reprodução)
Isabella Rabelo – Da Revista Cenarium

MANAUS (AM) – A intervenção urbana é uma forma de manifestação artística realizada em locais como praças, ruas, escadas e parques, com o objetivo de revitalizar espaços públicos, melhorando a qualidade de vida dos habitantes e estimulando a economia local, além de facilitar o acesso à arte.

Para Tainá Andes, diretora do projeto “Um Cortejo de Acalanto”, que leva a manifestação artística para praças públicas da cidade de Manaus através da dança, a intervenção urbana é uma forma de descentralizar a arte, além de continuar sendo um ato de resistência.

No Brasil, o movimento teve início durante a Ditadura Militar, período entre 1964 e 1985, e era utilizada como forma de protesto e resistência frente aos governos autoritários que estavam no poder. Entre as manifestações artísticas, podem estar obras como desenhos, pinturas, grafismos, bem como apresentações públicas de dança, música, teatro e até mesmo exposições como cinema, fotografias e esculturas.

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Intervenção urbana em comunidades (Reprodução/Redes sociais)

Conforme a pesquisa “Hábitos culturais 2023”, da Fundação Itaú, em parceria com o Instituto Datafolha, 40% da população no País não têm hábitos culturais. De acordo com os dados, 70% dos brasileiros das classes A e B costumam praticar alguma atividade cultural. Entretanto, nas classes de menor renda, D e E, esse número cai para 52%.

O acesso à cultura é um direito humano universal segundo a Declaração da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 1948. O documento afirma que “todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios.”

Movimento

Para Tainá Andes, diretora do projeto “Um Cortejo de Acalanto”, que leva a manifestação artística para praças públicas da cidade de Manaus através da dança, a intervenção urbana é uma forma de descentralizar a arte, além de continuar sendo um ato de resistência.

A diretora de projeto que promove a intervenção urbana em Manaus, Tainá Andes (Arquivo Pessoal)

“Por acontecer em um espaço público e aberto, a obra consegue alcançar pessoas que estejam de passagem por ali, tendo em vista que muitas vezes essas informações só chegam em determinados núcleos que já acessam e consomem esse tipo de trabalho artístico”, explicou Tainá.

Projeto “Um Cortejo de Acalanto”, dirigido por Tainá, ocupando praça pública em Manaus (Arquivo Pessoal)

“Esse movimento traz como impacto positivo a possibilidade de aproximação com o público ali presente, envolvendo-o na cena construída”, completou.

Leia mais: Amazônia Urbana: festival celebra arte da periferia manauara com Marcelo D2
Editado por Jadson Lima
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