Investigação de atentado em Brasília mira em financiamento e conexão com radicais


15 de novembro de 2024
Investigação de atentado em Brasília mira em financiamento e conexão com radicais
Viaturas em frente ao STF (Bruno Peres/Agência Brasil)

BRASÍLIA (DF) – Os investigadores do atentado a bomba na praça dos Três Poderes na noite de quarta-feira, 14, se debruçam sobre informações que possam confirmar se Francisco Wanderley Luiz agiu sozinho, se houve financiamento a seu ato e se há relação dele com algum radical organizado.

A análise do conteúdo do celular do autor, que foi encontrado junto a seu corpo, e o trajeto dele até o momento em que se explodiu estão entre os focos da Polícia Federal. A corporação está com o aparelho e busca informações das câmeras de segurança da Esplanada dos Ministérios.

Também tenta localizar detalhes sobre a compra de itens para a fabricação dos explosivos, incluindo um extintor de incêndio que estava com ele e poderia funcionar como um lança-chamas.

Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, há indícios de que o atentado foi planejado. Francisco estava em Brasília desde 27 de julho e tinha alugado um imóvel em Ceilândia, região administrativa do DF, e um trailer, estacionado próximo ao anexo 4 da Câmara dos Deputados.

Por volta das 19h30, depois de duas explosões na praça dos Três Poderes, viaturas da Polícia Militar do Distrito Federal começaram a chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF). O chaveiro se explodiu em frente ao prédio da corte.

A cerca de 300 metros dali, o seu carro Kia Shuma 1999/2000, carregado de explosivos, pegava fogo —ao lado do trailer alugado por ele.

A PF investiga se há relação de Francisco com algum grupo radical, se ele participou dos atos golpistas de 8 de janeiro ou esteve nos acampamentos em frente ao Quartel-General do Exército. Um irmão dele afirmou à Folha que o chaveiro esteve no acampamento, mas não assegurou que ele tenha participado dos ataques.

Os investigadores vasculharão o celular de Francisco em busca de possíveis elos com pessoas que tenham incentivado ou financiado o atentado.

Nas imagens das câmeras de segurança do STF, é possível ver que ele joga um explosivo e, em seguida, mostra que tinha artefatos no corpo a um guarda. Logo depois, deita-se no chão e aciona o explosivo na nuca.

Segundo os investigadores, Francisco portava quatro explosivos contendo parafusos dentro. Ele lançou dois, mas apenas um foi acionado. O outro ficou preso com fita na cintura dele, e mais um teria usado para se matar.

A Esplanada dos Ministérios foi bloqueada pouco tempo depois do atentado. A PM acionou a operação Petardo, procedimento usado em ocorrências envolvendo artefatos explosivos. Já o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) reforçou a segurança nas residências oficiais e realizou uma varredura na área externa ao Palácio do Planalto em busca de mais explosivos.

Leia a matéria na íntegra neste link.

(*) Com informações da Folhapress

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