Início » Economia » Investimentos federais em transportes encerram 2020 com menor patamar em 15 anos, diz CNI
Investimentos federais em transportes encerram 2020 com menor patamar em 15 anos, diz CNI
O levantamento se baseou em dados de recursos investidos pelo Ministério da Infraestrutura e Infraero. (Reprodução/Internet)
Compartilhe:
11 de fevereiro de 2021
Com informações do G1
SÃO PAULO – Os investimentos do governo federal no setor de transportes encerraram 2020 no patamar mais baixo em 15 anos, mostra um levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No ano passado, os investimentos federais somaram R$ 8,3 bilhões em transportes, uma queda de 4% na comparação com 2019.
O levantamento da CNI foi feito com base em dados nos recursos investidos pelo Ministério da Infraestrutura, pela Infraero e pelas companhias das docas federais, estatais responsáveis pela administração de parte dos portos públicos do país. Os valores já foram corrigidos pela inflação.
PUBLICIDADE
Com uma severa restrição fiscal, o país observa uma queda dos investimentos em transportes desde 2017, segundo a CNI. Nos últimos 20 anos, o maior montante investido foi em 2010 (R$ 24,3 bilhões).
“Essa tendência de queda é um reflexo da crise econômica que o país lida desde 2015 e 2016, e também reflexo da crise fiscal que o governo enfrenta nos últimos anos”
diz Matheus de Castro, especialista em Infraestrutura da CNI.
Apesar da queda do investimento, o levantamento da CNI destaca que os órgãos do governo estão conseguindo executar boa parte do orçamento liberado pela União. No ano passado, os R$ 8,3 bilhões investidos corresponderam a 85% do orçamento autorizado.
“É notável ver o ritmo de execução orçamentária que a pasta vem experimentando nos últimos anos. Ela tem conseguido executar praticamente todos os recursos que são disponibilizados para investimentos”, afirma Matheus.
Em 2018, por exemplo, os R$ 10,5 bilhões investidos equivaleram a 100% do orçamento autorizado.
Agenda de reformas e concessões
Para acelerar o investimento o setor de transportes, a CNI destaca que o país tem de avançar na agenda de reformas – com o objetivo de melhorar o ambiente de negócios do país – e no processo de concessão e privatização.
Até 2022, segundo a entidade, as previsões de transferências de ativos para a iniciativa privada incluem:
Aeroportos: 22 concessões da Infraero na 6ª rodada em 2021, 20 concessões na 7ª rodada em 2022 e 4 alienações de participação da Infraero (Guarulhos, Galeão, Confins e Brasília);
Portos: 21 arrendamentos de áreas e terminais portuários e 5 privatizações de portos organizados (Vitória/ES, Barra do Riacho/ES, Santos/SP, São Sebastião/SP e Itajaí/SC);
Ferrovias: Três concessões (Ferrogão e FIOL – trechos 1 e 2); e
Rodovias: 12 concessões de trechos rodoviários (11,3 mil km).
“De um lado temos o menor investimento desde 2005, mas, por outro, temos uma execução recorde e essa defesa muito forte da agenda de concessões e privatizações.”
concluiu Matheus de Castro, especialista em Infraestrutura da CNI.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.