Ipec afirma que Bolsonaro perde mais da metade dos eleitores de 2018

Presidente Jair Bolsonaro se filiou ao PL no fim de novembro abrindo caminho para disputar a reeleição em 2022. (Cristiano Mariz / Agência O Globo)

Com informações do Infoglobo

RIO DE JANEIRO – O presidente Jair Bolsonaro assiste a um derretimento da base eleitoral que o levou à Presidência em 2018, com mais da metade apresentando intenção de mudar de voto. Os principais beneficiários seriam o ex-presidente Lula (PT) e o ex-juiz Sergio Moro (Podemos), seus desafetos, de acordo com números da pesquisa Ipec divulgada nessa terça-feira, 14.

Dentre os entrevistados que disseram ao Ipec ter votado no atual presidente na última eleição, 45% manifestam intenção de votar novamente em Bolsonaro em 2022, enquanto 55% citam outras opções. Segundo a pesquisa, 22% dizem hoje pretender votar em Lula, e 10% mostram preferência por Moro.

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O levantamento mostra ainda que, entre os eleitores que dizem não se recordar ou não quiseram responder em quem votaram em 2018, amostra que corresponde a pouco menos de um décimo dos entrevistados, Lula é escolhido por 54%, e Bolsonaro fica com 9%. O ex-presidente também concentra a preferência atual de cerca de metade dos entrevistados que declaram voto branco ou nulo, ou que disseram não ter comparecido à votação.

Os melhores números de Bolsonaro aparecem entre os evangélicos, estrato em que o presidente tem 33% das intenções de voto, segundo o Ipec. Recentemente, em mais um aceno a este segmento, Bolsonaro indicou para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) o nome “terrivelmente evangélico”, em suas palavras, de André Mendonça, aprovado pelo Senado no último mês. Entre os evangélicos, Bolsonaro fica em situação de empate técnico com Lula, que é citado por 34%.

O petista chega a 57% das intenções de voto entre eleitores com renda de até um salário mínimo, e marca 63% no Nordeste. Moro tem seus melhores desempenhos na região Sul, onde fica com 11%, e entre aqueles com renda familiar acima de cinco salários mínimos, segmento em que chega a 13% das intenções de voto.

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