Irmão de deputado Luís Miranda confirma à PF que não gravou conversa com Bolsonaro

Os irmãos Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, e Luís Miranda, deputado federal, participam da CPI da Covid (Pablo Jacob/Agência O Globo)

Com informações do O Globo

BRASÍLIA – Em depoimento prestado na quarta-feira à Polícia Federal, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda afirmou que não gravou a conversa mantida com o presidente Jair Bolsonaro a respeito de suspeitas de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin.

Irmão do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), o servidor Luís Ricardo Miranda foi ouvido no inquérito que apura suspeitas de prevaricação de Bolsonaro. Como ele depôs na condição de testemunha, tinha obrigação de dizer a verdade. Questionado, ele confirmou à PF ter levado o relato de irregularidades envolvendo a compra da Covaxin a Bolsonaro, mas negou ter gravado essa reunião. A informação do seu depoimento foi confirmada ao GLOBO por fontes que acompanham o caso.

PUBLICIDADE

O presidente é investigado por não ter enviado as denúncias do servidor para apuração da Polícia Federal na ocasião. A investigação foi aberta por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) após o depoimento do deputado Luís Miranda (DEM-DF) e de seu irmão à CPI da Covid. O inquérito foi solicitado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que acompanha a investigação.

Já o deputado até agora não prestou depoimento, mas ainda terá que explicar à PF se existe ou não uma gravação da conversa. A PF tentou intimá-lo em seu gabinete em Brasília, mas os funcionários se recusaram a receber a intimação, como mostrou a colunista Bela Megale.

O deputado foi o responsável por levar Luís Ricardo até o Palácio da Alvorada em março para relatar as suspeitas envolvendo a Covaxin a Bolsonaro. Segundo o relato do deputado, Bolsonaro prometeu tomar providências, mas não pediu abertura de investigação à PF. Por isso, senadores apontaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) a possível ocorrência do crime de prevaricação e pediram abertura de investigação. A versão da defesa do presidente é que ele pediu ao então ministro da Saúde Eduardo Pazuello que verificasse eventuais problemas no contrato.

No depoimento à CPI, Luís Miranda disse não ter gravado o presidente. Posteriormente, entretanto, surgiram rumores nos bastidores políticos de Brasília de que existiria uma gravação da reunião. Em entrevista no programa “Roda Viva” na última segunda-feira, o deputado sugeriu que seu irmão poderia ter gravado a conversa. Participaram da reunião no Alvorada Luís Miranda, Luís Ricardo Miranda e um ajudante de ordens do presidente, segundo seu relato.

Veja a matéria completa no site

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.