Jader Filho condiciona disputa pela Câmara e confirma Helder Barbalho ao Senado
Por: Ana Cláudia Leocádio
20 de novembro de 2025
BELÉM (PA) – O ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), afirmou que, caso consiga concluir a contratação de 2 milhões de casas populares até 15 de dezembro, será candidato a deputado federal nas eleições de 2026, no Pará. Ele confirmou ainda que o irmão, o governador Helder Barbalho (MDB), disputará uma vaga no Senado, integrando a chapa do MDB ao governo estadual, que será liderada pela atual vice-governadora Hana Ghassan Tuma.
Jader Filho participou, no final dessa quarta-feira, 19, de reunião com o presidente Lula, na Zona Azul da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30), que deve ser encerrada na sexta-feira, 21. “Se nós chegarmos à meta de 2 milhões de casas contratadas, que nós devemos chegar agora no dia 15 de dezembro, nós deveremos sim, deverei ser candidato a deputado federal. […] Nossa pré-candidata é a [vice] governadora Hana e, para o Senado, deve ser o governador Helder”, afirmou.
Ainda de acordo com o ministro, a segunda vaga ao Senado será disputada pelo presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), deputado estadual Chicão, integrante do mesmo grupo político. A aliança conta, ainda, com a mãe de Jader Filho, a deputada emedebista Elcione Barbalho, que está no sexto mandato na Câmara dos Deputados e, o pai, Jader Barbalho, que conclui no próximo ano o terceiro mandato no cargo de senador.
As articulações para as eleições do próximo ano estão em curso com pelo menos quatro cenários de candidaturas ao governo se desenhando no Estado. A chapa governista deve contar com o apoio das duas máquinas públicas, do governo estadual, uma vez que Hana será candidata no cargo de governadora, e da Prefeitura de Belém, ocupada hoje pelo primo de Helder Barbalho, Igor Normando (MDB).
A segunda pré-candidatura é do prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (PSB), conhecido como Dr. Daniel, e que lidera as últimas pesquisas de intenção de votos. Uma terceira opção é o nome pelo lado do bloco da direita, liderado no Pará pelos parlamentares que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Por enquanto, a ala bolsonarista ainda está sem um nome viável para o governo porque o deputado federal Éder Mauro (PL) está propenso a se candidatar ao Senado. Um nome ventilado é do filho dele, deputado estadual Rogério Barra (PL).
Há ainda uma quarta possibilidade, do Psol lançar um candidato ao governo, mas uma diretriz do comando nacional do partido já anunciou que marchará com a base aliada pela reeleição de Lula em 2026. O problema é que, em a alguns Estados, os grupos são antagônicos, como no Pará, onde os Barbalhos darão o palanque para o atual presidente da República e seria pouco provável que os psolistas integrem essa coalizão.
Questionado sobre como estão as discussões sobre a vaga de vice na chapa de Hana, Jader Filho afirma que ainda não aconteceu essa conversa. “Eu acho que essa discussão ainda não aconteceu. Os partidos, a base do governador Helder é uma base bastante robusta, é grande e, obviamente, os partidos da base devem ser ouvidos nessa tomada de decisão”, concluiu.
Corre por fora, com pré-candidatura ao Senado, o ministro do Turismo, Celso Sabino, que contrariou as determinações do União Brasil ao permanecer na pasta e se alinhar ao campo que apoia o presidente Lula nas próximas eleições. Sabino agora busca uma nova legenda para se filiar e avalia cenários que lhe permitam disputar o Senado em uma chapa ao governo.