Após eleito senador por Rondônia, Jaime Bagattoli diz que Estado precisa defender ‘pautas do Brasil’

Iury Lima – Da Revista Cenarium

VILHENA (RO) – Preferido por 38,5% dos eleitores de Rondônia, entre os oito candidatos que concorreram ao cargo de senador, Jaime Bagattoli, do PL, afirma que o Estado precisa de um representante que se interesse, de fato, pelas “pautas do Brasil”. O político foi eleito com mais de 293 mil votos no último domingo, 2. Morador de Vilhena, distante 706 quilômetros de Porto Velho, o empresário do agronegócio acredita que as eleições deste ano são uma resposta aos “políticos de carreira”.

“Aqui é a minha terra, o meu município. Município que nós temos, aqui, há quase 50 anos (…) Nós precisamos ter um senador que tenha coragem para defender as pautas que, realmente, o nosso País precisa”, disse Bagattoli à REVISTA CENARIUM.

Urnas apuradas

Defensor do agro, alinhado aos interesses do presidente Jair Bolsonaro – que integra o mesmo partido que ele -, Jaime Bagattoli vai representar o Estado pelos próximos oito anos no Congresso Nacional, considerado a Câmara Alta do Poder Legislativo Federal.

Bagattoli desbancou candidatos como Mariana Carvalho (Republicanos), que teve 263.559 votos (32,15%), e Jaqueline Cassol (PP), que obteve 104.020 votos (12,69%). Apesar das boas colocações, Rondônia dispunha de apenas uma vaga. A renovação da Casa acontece, alternadamente, a cada quatro anos. O País tinha 27 vagas, em 2022.

Divisão de votos entre os candidatos ao Senado por Rondônia

Os números não consideram a candidatura de Cláudia Moura (MDB), que está com situação de “pedido não conhecido” junto à Justiça Eleitoral. Votos em branco foram quase 50 mil (5,33%) e, os nulos, 56.624 (6,12%). 

Quem é Jaime Bagattoli

Agora senador por Rondônia, Jaime Bagattoli, que tem 61 anos, já havia disputado uma vaga no Senado. A tentativa foi em 2018, pelo PSL, antigo partido de Bolsonaro, mas não foi eleito. 

Nas redes sociais, o político ostenta fotos ao lado do atual presidente da República e, durante a campanha para o 1° turno, defendeu, inclusive, em entrevistas na TV aberta, a legalização do garimpo, mineração em terras indígenas e criticou a atuação dos órgãos de fiscalização e controle ambientais de Rondônia e do governo federal.