Joênia Wapichana age para barrar decreto que libera garimpo ilegal na Amazônia

Deputada federal apresentou um projeto de decreto legislativo com o propósito de sustar os efeitos de dois decretos presidenciais, que transformam “garimpo” em “mineração artesanal (Divulgação)

Primeira mulher indígena a se eleger deputada federal, Joênia Wapichana (Rede/RR) apresentou um projeto de decreto legislativo com o propósito de sustar os efeitos de dois decretos presidenciais, que transformam “garimpo” em “mineração artesanal”. Segundo ela, esta foi mais uma ação concreta do governo de Jair Bolsonaro que visa ao empoderamento dos garimpeiros ilegais, e que podem trazer impactos irreversíveis para o meio ambiente e para a vida das comunidades tradicionais.

Invasão ao Tapajós

Única voz representante legítima no Congresso do movimento indígena, Joênia diz que sua proposta busca evitar que o garimpo ilegal em terras indígenas e unidades de conservação sejam legalizados. Joênia revelou ter recebido denúncias constantes de invasão na região em terras indígenas do Rio Tapajós, por parte de indígenas do Pará, que temem por suas vidas. “São esses os mesmos garimpeiros que estão por trás de toda a onda de violência e destruição por que passam a Amazônia”, diz a parlamentar.

Não existe “mineração artesanal”

Ao reclamar das dificuldades em pautar na Câmara proposições ligadas às causas indígenas, em contraposição com que a agenda que põe em riscos os direitos dos povos tradicionais, a deputada federal esclareceu que não existe “mineração artesanal”. “Não existem atividades de mineração que possam ser consideradas artesanais, pois sempre requerem máquinas de grande porte. Esse decreto só vai estimular os grandes empresários da mineração ilegal na Amazônia”, disse.

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Menos pressão

Técnicos da equipe econômica mantêm vigilância sobre as pressões de integrantes do governo e da base aliada no Congresso por mais gastos ou desonerações tributárias que agravam a deterioração fiscal, mas afirmam que duas pautas perderam força neste momento. Refrearam as pressões para os pedidos para corrigir a tabela do imposto de renda e para os reajustes salariais aos funcionários públicos. A incógnita, por enquanto, é quanto ao encaminhamento da desoneração dos combustíveis.

Segue a pressão

Liderando o pelotão dos candidatos da terceira via, Sergio Moro (Podemos) defendeu, em evento recente, que os candidatos se unam o “quanto antes para enfrentar Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT)”. Moro reafirmou que segue com sua campanha até o fim, no entanto, ainda é forte a pressão dentro do Podemos para que o partido desista dele. É que, além de custar caro uma campanha presidencial, a cúpula acha que ter Moro candidato atrapalha o alinhamento de alguns parlamentares ao bolsonarismo.

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