Juiz impõe multa de R$ 200 mil a policiais que atuaram em ação contra madeira ilegal na Amazônia

(João Paulo Guimarães/Revista Cenarium)

Com informações da Sputnik

BELÉM – Antônio Carlos Campelo é o nome do Juiz de Belém do Pará, que pretendia multar policiais federais em R$200 mil pela participação em apreensão de madeira em uma empresa investigada por exploração de madeira ilegal.

Derrubando entendimento do substituto que havia mandado a decisão do caso de volta para o Amazonas. O Tribunal Regional Federal da 1ª Vara (TRF-1), suspendeu, por enquanto, a decisão por entender que a competência é do Amazonas, como seu substituto havia decidido, e não do Pará.

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Operação da Polícia Federal apreendeu mais de 43 mil toras de madeira extraída ilegalmente da floresta Amazônica. (Reprodução/PF)

A decisão de Campelo, conhecido como “O Juiz dos Maiorana” de acordo com matéria do Observatório da Imprensa publicada em 23 de junho de 2015. Acaba abrindo um precedente para empresas ilegais e inimigas do meio ambiente o que preocupa a Polícia Federal (PF) nesse momento.

Em uma ação no dia 25 de dezembro, militares da Marinha abordaram e detiveram dois comboios na foz do Rio Arapiuns, em Santarém-PA, com duas balsas transportando irregularmente toras de madeiras extraídas na região.

O volume apreendido é suficiente para a construção de 2.620 casas populares. (João Paulo Guimarães/Revista Cenarium)

A REVISTA CENARIUM denunciou em novembro de 2020 e veiculou com exclusividade a extração ilegal de madeira onde a mesma balsa apreendida pela operação Verde Brasil 2 aparece transportando toneladas em toras de madeira pelo rio Tapajós próximo a Santarém.

Operações como essas são importantes para frear corte ilegal, financiado por grandes empresas no país inteiro. Porém, decisões como a do juíz Antônio Carlos Campelo abrem precedentes perigosos que põem em risco a autonomia de órgãos como O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, mais conhecido pelo acrônimo Ibama e Polícia Federal.

Recorde de apreensão

Uma operação da Polícia Federal na divisa do Pará com o Amazonas culminou na maior apreensão de madeira nativa da história do Brasil. Ao longo dos últimos dias, os agentes retiveram 131,1 mil metros cúbicos de toras de madeira, volume suficiente para a construção de 2.620 casas populares.

As 43.700 toras de madeira estão dispersas por diversas esplanadas (pátios de madeira) ao longo dos rios Mamuru e Arapiuns, uma região de 20 mil km2, tamanho comparável a Sergipe.

O cálculo da apreensão é preliminar e considerado conservador pela PF. Haverá uma perícia mais apurada nos próximos dias com o apoio do Exército, no marco da Operação Verde Brasil 2. O Ministério Público Federal acompanha a operação por meio do procurador da República Leonardo Galiano, que visitará a região nesta semana.

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