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Justiça decreta prisão de procurador que agrediu a socos e chutes colega no interior de SP
Até o final da tarde dessa quarta-feira, 22, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o procurador permanecia foragido (Reprodução)
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23 de junho de 2022
Com informações da Agência Brasil
SÃO PAULO – Justiça de São Paulo decretou nessa quarta-feira, 22, a prisão temporária do procurador municipal de Registro (SP) Demétrius Oliveira de Macedo que agrediu, no início da semana, a também procuradora da cidade, e sua chefe, Gabriela Samadello Monteiro de Barros. O pedido de prisão foi feito pela Polícia Civil. Até o final da tarde dessa quarta, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o procurador permanecia foragido.
Macedo deu socos, chutes, e xingou a procuradora dentro do ambiente de trabalho. A procuradora foi ferida na cabeça. A ação foi filmada por funcionários da prefeitura e o vídeo viralizou em todo o País. O inquérito policial instaurado para apurar o caso reuniu fotos e vídeos da agressão, além do depoimento da procuradora-geral, para fundamentar o pedido de prisão preventiva.
Antes da agressão à colega, um processo administrativo já havia sido aberto contra Macedo para apurar denúncias de hostilidade com outra funcionária da repartição. A servidora tinha relatado que estava com medo de trabalhar no mesmo ambiente que o procurador.
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“Ele veio com tudo para cima de mim, deu uma cotovelada na minha cabeça, e eu fui arremessada na parede. Então ele começou a socar minha cabeça, e os funcionários ficaram em choque. Um ainda conseguiu gravar parte da surra que ele me deu. Ele me chutou inteira, eu fiquei desfalecida e quando estava levantando ele me deu outra”, relatou Gabriela, dias depois de ser agredida. “Ainda me chamou de tudo, de puta e vagabunda”, acrescentou.
O caso
O episódio aconteceu na segunda-feira, 20, dentro da Prefeitura de Registro, no interior de São Paulo, onde Demétriu e Gabiela atuam. A vítima precisou ser levada para outra sala, que teve a porta trancada. Só então chegaram pessoas de outras repartições, que ouviram os gritos.
As agressões resultaram em um corte na cabeça e provocaram sangramento. Ao ser levada para a delegacia, os policiais entenderam que Gabriela não tinha condições de prestar depoimento na segunda-feira, 20. Os investigadores solicitaram que ela fosse primeiro à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) para fazer limpeza e curativos.
Macedo agrediu a vítima pouco depois de o Diário Oficial do município apresentar os nomes dos membros de uma comissão que irá investigá-lo. Um processo administrativo foi aberto para apurar denúncias de hostilidade contra uma funcionária que trabalha na mesma repartição. A servidora relatou estar com medo de trabalhar no mesmo ambiente de Macedo.
Macedo e Gabriela são concursados e trabalhavam juntos desde 2013. Empregadora dos dois, a Prefeitura de Registro manifestou “o mais absoluto e profundo repúdio aos brutais atos de violência” e “determinou de imediato que o agressor seja suspenso”.
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