Justiça decreta prisão de quatro acusados por atentado em assentamento do MST
Por: Cenarium*
12 de março de 2025
O mandado de prisão contra os acusados foi assinado às 13h57 desta quarta-feira, 12, pela juíza Juliana Guimarães Ornellas (Composição: Paulo Dutra/CENARIUM)
MANAUS (AM) – A 2ª Vara da Comarca de Tremembé, no interior de São Paulo, decretou nesta quarta-feira (12) a prisão preventiva de quatro suspeitos de participarem de um atentado ao Assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na cidade.
A CENARIUM teve acesso ao mandado de prisão expedido contra um dos suspeitos, identificado como Italo Rodrigues da Silva. O documento também cita mais três acusados: Geonatas Martins Bispo, Gilson da Silva Santos e Antônio Martins dos Santos Filho, que já está preso desde o dia 11 de janeiro deste ano.
O mandado de prisão contra os acusados foi assinado às 13h57 desta quarta-feira, 12, pela juíza Juliana Guimarães Ornellas, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A prisão de um dos envolvidos foi decretada com base no artigo 121 da Lei 2.848, que trata do crime de homicídio.
Mandado de prisão preventiva foi assinado hoje (Documento obtido pela CENARIUM
O atentado, ocorrido em janeiro, resultou na morte de duas pessoas e quatro feridos. Na terça-feira,11, o Ministério Público apresentou a denúncia, acatada nesta quarta-feira pela Justiça. Segundo a denúncia do Ministério Público, “os crimes foram praticados por motivo torpe, propiciando perigo comum e mediante a utilização de recurso que dificultou a defesa das vítimas”.
A investigação do caso apontou que o motivo do crime foi a ocupação irregular de um lote no assentamento por parte de um dos acusados.
‘Nego do Piseiro’ foi preso pela polícia e delatou outro suspeito (Reprodução/Polícia Civil de São Paulo)
Para os promotores Daniela Michele Santos Neves e Alexandre Mourão Mafetano, juntamente com os membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), “a situação gerou discussão e ameaças às vítimas, inclusive promessas por parte de um dos autores de que retornaria mais tarde para resolver a questão.
Em seguida, ele arregimentou familiares, amigos e conhecidos, tendo retornado ao assentamento no mesmo dia, tarde da noite, para praticar os crimes”. O assentamento Olga Benário está regularizado desde 2005.
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