Justiça do AM mantém prisão de influenciadores que vendiam rifas ilegais

Carolina Givoni – Da Revista Cenarium

MANAUS – O Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam) decidiu manter nesta sexta-feira, 30, a prisão dos influenciadores João Lucas da Silva Alves, 24, o “Lucas Picolé”, e Enzo Felipe da Silva Oliveira, 24, também conhecido como “Mano Queixo”, pela prática dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Além disso, os dois possuem envolvimento em um esquema que fraudava rifas e movimentou R$ 5 milhões.

Na decisão da magistrada Aline Lins, que ocorreu durante audiência de custódia, foram considerados indícios da autoria do crime por parte dos suspeitos, além do perigo à ordem pública. Com isso, a juíza converteu a prisão em flagrante dos influenciadores para preventiva.

Ainda de acordo com a decisão de Lins, a cunhada de “Lucas Picolé”, Flávia Ketlen, teve a liberdade provisória concedida, mas amargou restrições como a proibição da mudança de endereço e da ausência de Manaus sem autorização judicial.

O caso

De acordo com as investigações, os influenciadores utilizavam o Instagram para promover rifas de carros de luxo, dinheiro e celulares. No entanto, foi constatado que eles praticavam “vendas casadas”, cobrando valores baixos como R$ 0,50 e R$ 1. Durante o sorteio, os investigados direcionavam o prêmio para “amigos”, posteriormente recuperando-o, segundo a polícia.

Além disso, durante a ação policial, foram encontradas porções de drogas na residência de “Lucas Picolé”.

Os carros de luxo que faziam parte das rifas promovidas pelos influenciadores foram apreendidos, incluindo um Porsche Macan e uma BMW, pertencentes a “Lucas Picolé” e “Mano Queixo”.

A operação da Polícia Civil, denominada “Influencer”, tem como objetivo combater influenciadores que realizam práticas ilegais nas redes sociais. Vale ressaltar que Isabelly Aurora já tem passagem na polícia. Ela foi apreendida em 2018, aos 17 anos, por suspeita de receptação de smartphones roubados na capital.