Justiça do Amazonas solta homens presos por transmitirem HIV de propósito


11 de junho de 2024
Justiça do Amazonas solta homens presos por transmitirem HIV de propósito
Homens foram presos no dia 10 de maio (Composição: Paulo Dutra/Revista Cenarium)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS (AM) – Dois homens, identificados como Rodrigo Santos e Victor Higor, foram soltos pela Justiça do Amazonas após encerrarem os prazos de 30 dias das respectivas prisões temporárias. Eles são investigados por transmitirem o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) a crianças e adolescentes durante abusos sexuais, segundo a polícia.

Pelos procedimentos da polícia judiciária, a prisão deve ser requerida pela Polícia Civil à Justiça, que decide se defere ou não o mandato, assim como a sua manutenção. Enquanto a prisão temporária é de um mês, a prisão preventiva tem prazo de 90 dias.

Segundo a polícia, a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) já tomou as medidas cabíveis e solicitou, à Justiça, a conversão da prisão para o regime preventivo. “A investigação segue em andamento para a completa elucidação dos fatos e responsabilização dos envolvidos“, destacou a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).

Prisão

Rodrigo e Victor foram presos há um mês, no âmbito da “Operação Carimbadores”. A ação fazia parte da operação nacional “Caminhos Seguros”, voltada à repressão de crimes de abuso e exploração sexual infanto-juvenil.

A delegada Joyce Coelho, na época titular da Depca, relatou que as investigações em torno do caso iniciaram há cerca de dois anos, quando uma pessoa fez denúncia de forma anônima, informando que uma assistência técnica em Manaus havia tido acesso a um aparelho celular contendo mensagens de cunho pornográfico infantil.

O denunciante teve acesso a diálogos entre dois homens que discutiam sobre os supostos estupros e também sobre serem pessoas vivendo com o HIV. Dessa forma, eles intencionalmente cometiam esses abusos com o objetivo de transmitir o vírus”, explicou a delegada.

Conforme a autoridade policial, na época, a investigação não foi concluída, tendo em vista que a polícia não conseguiu apreender o aparelho celular e só teve acesso às capturas de tela feitas pelo denunciante. No entanto, em dezembro de 2023, foram iniciadas novas diligências após ato requisitório do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) com informações recebidas por meio da Polícia Federal (PF).

Intensificamos as investigações e, após alguns pedidos de quebras telemáticas, conseguimos identificar os interlocutores das conversas e representamos à Justiça pelas prisões temporárias deles, bem como pelo mandado de busca e apreensão”, disse Joyce Coelho.

O que você achou deste conteúdo?

VOLTAR PARA O TOPO
Visão Geral de Privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.